Portugal venceu esta noite a Bélgica, por 2-1, no último jogo de preparação da Seleção antes do anúncio dos 23 eleitos para o Euro2016. Em Leiria, perante 20157 espectadores, homenageou-se as vítimas dos atentados de há uma semana em Bruxelas e o futebol, com um bom jogo entre as duas seleções.

O selecionador Fernando Santos disse na véspera que não iria fazer muitas alterações em relação ao jogo com a Bulgária, mas apresentou seis novidades. Pela amostra do jogo de hoje, as trocas surtiram efeito, com um meio-campo dinâmico assente em Adrien, André Gomes e Danilo e um ataque muito móvel e sem referências na área, já que Ronaldo, Nani e João Mário deambulavam como queriam na frente.

Portugal assinou então uma entrada muito forte, denotando confiança depois do surpreendente desaire com a Bulgária. Diante da nação que lidera o ranking mundial da FIFA, a seleção mostrou a sua melhor face para o ensaio rumo ao Euro. Assim, depois das primeiras ameaças de cabeça por Nani e Ronaldo, Portugal chegou ao golo aos 20 minutos. O jogador do Fenerbahçe finalizou uma excelente jogada do ataque português, rematando na cara de Courtois para o golo, depois de uma assistência de André Gomes.

A Bélgica tentava reagir, mas de forma algo inconsistente e desconexa. Com um jogo muito aos ‘repelões’, os belgas pareciam acusar a ausência das suas estrelas mais criativas: Eden Hazard e Kevin de Bruyne. Sem responsabilidade sobre esse facto, a equipa das quinas aproveitava para impor o seu domínio com grande mobilidade e personalidade.

O segundo golo parecia cada vez mais perto de se concretizar, mas foi preciso esperar pelos 40 minutos de jogo. João Mário fugiu no flanco esquerdo e cruzou de forma perfeita para a cabeça de Ronaldo, que voou para fazer o 2-0 diante dos belgas. Leiria vibrava com mais um golo e um sinal novamente positivo de Portugal, que assim carimbou a vantagem ao intervalo.

Para o segundo tempo, Adrien e João Mário já não voltaram, regressando nos seus lugares Renato Sanches e Bernardo Silva. Surgiriam ainda muitas outras trocas, com Éder, Quaresma, William Carvalho e Danny a irem também a jogo.

Porém, ao contrário do primeiro tempo, as trocas não foram tão felizes. Portugal perdeu um pouco o rumo e a clarividência que demonstrara até então na partida. Por outro lado, a Bélgica também respondeu com maior intensidade e pressão sobre os jogadores portugueses. A formação de Marc Wimots quis comprovar que não estava apenas para homenagens e aplicou-se a sério.

Consequentemente, a pressão belga acabou por ser premiada aos 62 minutos, com o golo a surgir pelos irmãos Lukaku. Jordan, que entrara no segundo tempo, fez o cruzamento e o seu irmão fez de cabeça o golo perante um desamparado Rui Patrício.

A Bélgica não se rendia e procurava agora de forma empenhada o empate, empurrando Portugal para a sua defesa e para uma postura de contra-ataque, na qual não conseguiu exibir a mesma qualidade na definição das jogadas. A melhor ocasião seria já mesmo desperdiçadapor Quaresma nos minutos finais do jogo.

O triunfo final por 2-1 impôs assim a primeira derrota à Bélgica desde junho de 2015 e fez Portugal regressar aos triunfos no derradeiro ensaio para a seleção lusa.