A Fiorentina foi punida, sob pena suspensa, com o encerramento de um setor do estádio por um jogo, devido a cânticos racistas direcionados a três jogadores da Juventus aquando da visita da formação de Turim ao Artemio Franchi no passado dia 5 de novembro, partida relativa à 11ª jornada da Serie A. Os cânticos racistas vieram dos adeptos mais fanáticos do clube na seção 'Curva Fiesole'.

Durante o prazo de um ano, qualquer outra infração da mesma natureza protagonizada pelos mesmos intervenientes resultará num castigo efetivo. Os insultos racistas têm vindo a surgir com alguma frequência no futebol italiano dos últimos tempos, mormente protagonizados por grupos de adeptos de ligações à extrema direita.

Em agosto, o comité das Nações Unidas responsável por combater o racismo "levantou uma bandeira vermelha" sobre o futebol italiano, destacando atos "incluindo ataques físicos e verbais contra atletas de ascendência africana". A palavra italiana para 'cigano' é usada por algumas seções de torcedores de futebol como um insulto racial para jogadores dos Balcãs e do leste europeu, independentemente da sua etnia.

O jogo de domingo diante da 'Juve' foi disputado sem uma grande parte dos 'ultras' da Fiorentina, que deixaram vazios os seus lugares na 'Curva Fiesole' em protesto contra a realização do jogo. Os adeptos 'viola'  acreditavam que a partida não deveria ter ocorrido, muito devido às graves enchentes que têm assolado a região da Toscânia.

A chuva recorde trazida pela tempestade Ciaran provocou inundações na região, fazendo sete mortos. Tanto os 'ultras' como o presidente da câmara de Florença, Dario Nardella, pediram em vão que o jogo fosse adiado. Com o pior do mau tempo passado no horário do jogo, os ultras protestantes optaram por ajudar na operação de limpeza em vez de comparecer ao estádio.