Gabriele Gravina, presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), afirmou que aceitará uma hipotética decisão do governo italiano de terminar com as competições, mas que luta pelo recomeço das competições em Itália.

Em entrevista ao programa 'Che tempo che fa', da RAI (televisão pública italiana), Gravina explicou que existem dois movimentos em relação à retoma do futebol.

"Neste momento existem dois movimentos aparentemente opostos: os que acham que todas as atividades deviam de ser fechadas no mundo do desporto e o outro, do qual faço parte, que acredita no recomeço", disse ao programa, em declarações reproduzidas pela Sky Sports.

O presidente da FIGC considera que o termino das competições prematuramente seria um desastre e que irá defender o futebol italiano afirmando que não será ele a "enterrar" o 'calcio'.

"O futebol movimenta cinco biliões de euros. Parar hoje seria um desastre mas estamos preocupados poque se o futebol não recomeçar vão existir problemas no futuro. Um decisão deste tipo pode levar a responsabilidades sem precedentes. Não posso ser o cangalheiro do futebol italiano. Tenho de defender o futebol e não percebo a resistência a recomeçar, com todas as garantias possíveis, uma reorganização do desporto", concluiu.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Portugal regista 735 mortos associados à covid-19 em 20.863 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Das pessoas infetadas, 1.208 estão hospitalizadas, das quais 215 em unidades de cuidados intensivos, e mantém-se as 610 dadas como curadas.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".