A Juventus reforçou a sua hegemonia no futebol italiano, ao conquistar o quinto título consecutivo, repetindo o que conseguira entre 1930/31 e 34/35, depois de ter dado 10 jornadas de ‘avanço’.´

Com um começo muito mau, com três vitórias, três empates e quatro derrotas, a ‘Juve’ seguia ‘afundada’ num impensável 12.º posto após 10 rondas, a 11 pontos de Roma e nove de Nápoles, Fioretina e Inter de Milão, mas, depois, tudo mudou.

A resposta foram 15 triunfos consecutivos, série concluída com um triunfo por 1-0 na receção ao Nápoles, selado por Simone Zaza (88 minutos), que, então, valeu a ascensão à liderança, que a equipa de Massimiliano Allegri não mais perdeu.

O conjunto de Turim ainda cedeu pontos em Bolonha (0-0), mas somou, depois, mais nove vitórias consecutivas, para um total de 24 triunfos e um empate após a ronda 10, selando o título 32 ainda com três jornadas por cumprir.

Sampdoria (primeira jornada), Chievo (segunda), Inter de Milão (terceira à quinta, 13.ª e 15.ª à 18.ª), Fiorentina (sexta à oitava, 11.ª e 12.ª), Roma (nona e 10.ª) e Nápoles (14.ª e 19.ª à 24.ª) também lideraram, mas a ‘Juve’ voltou a impor a sua lei, em mais um título incontestável.

Contratado ao Palermo, o jovem argentino Paulo Dybala, de 22 anos, foi a grande figura dos pentacampeões, com os seus 16 golos, que lhe permitem seguir no segundo lugar da lista dos melhores marcadores da prova, apenas atrás do compatriota Gonzalo Higuain (Nápoles), que já soma 30.

Um outro jovem, o internacional francês Paul Pogba, de 23 anos, foi igualmente uma das grandes referências da equipa, comandando o meio campo com o seu enorme poderio, que lhe permitiu ser determinante a defender e a atacar (oito golos).

Dybala e Pogba destacaram-se, mas só depois de o coletivo começar a funcionar, ‘movido’ à experiência de jogadores como Gianluigi Buffon (38 anos), Bonucci (28), Barzagli (34), Chiellini (31), Lichtsteiner (32), Evra (34), Khedria (29), Marchisio (30) e Mandzukic (29).

Este ‘bloco’, mais Alex Sandro, Cuadrado, Álvaro Morata, Zaza, Sturaro ou Rugani, completaram um conjunto fortíssimo, que já venceu também a supertaça italiana (2-0 à Lazio) e vai jogar a final da Taça de Itália, com o AC Milan.

Os temores que se seguiram à partida de referências como Andrea Pirlo, Carlos Tévez e Arturo Vidal não se confirmaram e a ‘Juve’ só ‘falhou’ na ‘Champions’, caindo face ao Bayern Munique, mas apenas no prolongamento, nos ‘oitavos’.

Ainda assim, o início de campeonato foi penoso para a equipa de Allegri, que se estreou com um desaire por 1-0 na receção à Udinese, seguido de nova derrota, por 2-1, na casa da Roma, e de novo empate caseiro, com o Chievo (1-1).

A Juve estava no 16.º posto à terceira ronda, para, à quarta, conseguir, finalmente, vencer: 2-0 em Génova. Esse triunfo não teve, porém, a melhor sequência, seguindo-se um empate com o Frosinone (1-1) e novo desaire, em Nápoles (1-2).

As quatro jornadas seguintes trouxeram mais duas vitórias, mas também um ‘nulo’, em San Siro, com o Inter de Milão, e um desaire por 1-0 no reduto do Sassuolo, que, à 10.ª ronda, deixou a equipa no 12.º lugar.

A Roma estava a 11 pontos, o Nápoles, a Fiorentina e o Inter a nove e tudo parecia, aparentemente, perdido, mas, então, a ‘Juve’ começou a carburar, a somar vitórias atrás de vitórias e, consequentemente, a trepar na tabela.

A meio, à 18.ª ronda, a formação de Turim já estava no quarto posto, a escassos três pontos do líder Inter, e o assalto à liderança não demorou muito, apesar da réplica do Nápoles, que comandou a prova da 19.ª até à 24.ª jornada.

A Juventus estava, porém, imparável e ascendeu mesmo à liderança à 25.ª ronda: um golo do suplente Simone Zaza, a dois minutos do final, selou o triunfo sobre os napolitanos e a ultrapassagem que, então, já parecia inevitável.

Na jornada seguinte, a ‘Juve’ ainda empatou em Bolonha, a zero, mas o Nápoles não aproveitou (1-1 na receção ao AC Milan) e, a partir dai, a história foi a ‘fuga’ da equipa de Turim, que já leva mais 12 pontos, a três jornadas do fim.