A Juventus celebrou hoje a conquista do seu 29.º título de campeã italiana de futebol, o segundo consecutivo, depois de dominar, praticamente do início ao fim, a “Serie” A transalpina.
A três jornadas do final do campeonato, a receção de hoje ao Palermo, que se saldou com um triunfo por 1-0, acabou por confirmar a supremacia da “Vecchia Signora”, numa competição em que apenas o Nápoles se conseguiu aproximar da liderança, mas numa fase muito inicial.
Sob a coordenação do treinador Antonio Conte, que não pôde estar no banco no início da época por castigo, capitaneada pelo veterano Gianluigi Buffon e sob a batuta do “maestro” Andrea Pirlo, a Juventus soma quatro desaires - frente a Inter de Milão (3-1), AC Milan (1-0), Sampdoria (2-1) e AS Roma (1-0) -, depois de ter sido campeã invicta em 2011/2012, e cinco empates.
O empate no terreno do Nápoles (1-1) na 27.ª jornada, a 03 de março, praticamente selou o triunfo da Juventus, que manteve a vantagem de seis pontos, numa altura em que os napolitanos, caso vencessem, poderiam ficar a apenas três.
A eficácia, sobretudo defensiva (20 golos sofridos), acaba por ser a marca distintiva da formação de Turim, cujo setor mais recuado conta com jogadores como Chiellini, Bonucci, Barzagli e Lischtsteiner, além, claro, de um meio-campo com soluções como Marchisio, Asamoah, Pogba, Padoin e Vidal, além de Pirlo.
Na frente, mais do que um “matador”, a Juventus conta com Vucinic, Quagliarella, Matri e Giovinco como alternativas constantes decisivas, mesmo sem nenhum deles ultrapassar a dezena de golos – Vidal e Vucinic sãos os melhores marcadores, com nove.
Internamente, a época da Juventus começou com a conquista da Supertaça italiana, frente ao Nápoles, e teve como único revés a eliminação da Taça de Itália, frente à Lázio, nas meias-finais da competição.
Esta regularidade interna não teve continuidade nas competições internacionais, apesar de ter somado apenas duas derrotas na Liga dos Campeões - 2-0 nos dois embates com o Bayern de Munique, finalistas da competição -, num grupo em que seguiu em frente com os alemães, deixando pelo cominho os ingleses do Chelsea, ainda detentores do cetro europeu.
O segundo “scudetto” consecutivo, o 29.º do historial, confirma o poderio apresentado pela Juventus, após a despromoção ao segundo escalão do futebol italiano, na sequência de um escândalo de corrupção, que retirou ao emblema de Turim as conquistas de 2004/2005 e 2005/2006 – teria 31.
Ainda na presente temporada, o treinador Antonio Conte cumpriu uma suspensão de quatro meses, depois de a pena imposta pela FIFA de 10 meses ter sido reduzida pelo Tribunal arbitral do desporto italiano, por não ter denunciado a corrupção no caso de jogos de futebol combinados no processo "Calcioscommesse".
Conte tinha sido suspenso até junho de 2013, por não ter denunciado casos de corrupção ocorridos num encontro entre o Siena, de que era treinador, e o Albinoleffe, da segunda divisão, a 29 de maio de 2011.