A Liga italiana de futebol aderiu ao Gabinete Antidiscriminação do país transalpino e garantiu que vai punir os casos de racismo nos estádios com sanções mais pesadas, revelou hoje a entidade.
"Temos uma missão importante nos próximos meses: erradicar o racismo e todas as formas de discriminação dos nossos estádios", realçou em comunicado Paolo Dal Pino, presidente da Serie A, duas semanas antes do início da nova temporada futebolística em Itália.
O responsável vincou que a Liga vai trabalhar em conjunto com as autoridades para estipular as punições associadas aos casos de comportamento discriminatório no futebol italiano.
Estas últimas temporadas foram novamente pontuadas por incidentes ocorridos durante os jogos do campeonato, nomeadamente com a banalização dos "gritos de macacos".
O francês Blaise Matuidi, que se transferiu este verão da Juventus de Cristiano Ronaldo para o Inter Miami (Estados Unidos), entre outros jogadores, foi alvo de ataques dos adeptos do Hellas Verona e da Lazio há dois anos, tal como aconteceu com Mario Balotelli na temporada passada.
Em novembro do ano passado, os vinte clubes da Série A publicaram "uma carta aberta a todos os amantes do futebol italiano" para "dizer basta" e denunciar o "racismo nos estádios" que é um "motivo de frustração e vergonha".
Mas as penalidades são geralmente bastante baixas em tais casos.
Com a adesão ao Observatório Nacional da Discriminação no Desporto, instituído pelo Gabinete Nacional de Antidiscriminação (UNAR), a Liga espera ter mais meios para combater o problema, colocando à disposição do organismo uma pessoa responsável pela recolha de dados sobre o racismo no futebol, inclusive no mundo amador, para elaborar relatórios regulares.
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