José Mourinho concedeu uma entrevista ao jornal 'Corriere dello Sport' na qual, entre vários assuntos, falou da possibilidade real que recentemente teve de rumar à Arábia Saudita, tendo um dos convites que recebeu vindo do Al Hilal, clube agora orientado por outro português, Jorge Jesus.
"Recebi propostas da Arábia, sim, Do Al Hilal e Al Ahli. E sim, cheguei a pensar nisso, mas antes de ir para um jogo informei que não tinha intenções de aceitar. E em casa disse a mesma coisa", explicou.
O técnico português explicou ainda uma foto recentemente publicada que foi interpretada como uma mensagem para os direigentes da Roma, ao deixar um espaço vazio numa foto com o plantel, dando a entender sinalizando que precisava de um avançado. "Essa fotografia foi tirada para rir. Quanto ao avançado imaginário, posso dizer que mesmo que Mbappé chegasse na próxima semana, já vinha atrasado. Após 28 dias de trabalho, 31 treinos e seis jogos, mais reuniões de análise tática...Não ter avançado é um problema", reconheceu.
Mourinho falou igualmente da relação com o também português Tiago Pinto, diretor desportivo da Roma, e com a direção do clube, a qual se diz já ter tido melhores dias.
"É impossível dizer que estou feliz. Mas dizer que estou em guerra aberta com o clube e que não estou contente com o diretor é muito errado. A nossa relação é de respeito, até formal. Não o trato pelo primeiro nome, para mim é o diretor. Nem sempre concordamos", explicou.
Houve ainda tempo para falar sobre arbitragens, sobretudo sobre a polémica aribtragem da final da Liga Europa, que terminou com muitas críticas de Mourinho ao árbitro inglês Anthony Taylor.
"Senti-me atacado, violaram a minha liberdade como homem. Não me sinto confortável. Tenho medo de voltar a ser penalizado, de voltar a ouvir o que ouvi ou ler o que li nos últimos dois anos aqui em Itália. É algo que me incomoda. Talvez medo seja excessivo, mas sinto aborrecimento. O incidente com Anthony Taylor...quando o jogo acabou eu disse ao grupo: 'No ano que vem fico cá convosco'. 'P*** de vergonha' foi uma exclamação, um desabafo. Não insultei ninguém. Se o Anthony Taylor tivesse vindo atrás de nós depois do jogo, eu tinha dito: 'Eu errei, nós errámos, peço desculpa'", garantiu Mourinho.
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