O treinador português José Mourinho lançou a dúvida sobre a sua continuidade na Roma, da Liga italiana de futebol, numa entrevista difundida hoje pelo canal SkySports Italia em que definiu o ‘mourinhismo’ como um modo de vida.

“Não sei se continuarei em Roma depois de 2024. Antes de Budapeste [final da Liga Europa], prometi aos jogadores que ficaria nesta temporada. E depois do jogo contra o Spezia, no Estádio Olímpico, também prometi com os gestos que fiz aos adeptos de que ficaria aqui e agora estou aqui”, disse.

As declarações de José Mourinho não contribuem para esclarecer os adeptos da Roma quanto à sua eventual continuidade no clube, nem à possibilidade do treinador português renovar o vínculo contratual que termina em junho de 2024.

“Estou na Roma, estou focado na Roma e vou dar tudo até ao meu último dia aqui. Depois ninguém sabe o futuro, mas também acho que vou trabalhar na Arábia [Saudita]. Não sei quando, mas não tenho dúvida de que é algo que farei”, disse o treinador no domingo a um órgão de comunicação árabe.

Na entrevista à SkySports Itália, José Mourinho, de 60 anos, insistiu na forte ligação que sente com o ‘romanismo’, que sempre elogiou pela sua forma de entender o futebol.

“Quando cheguei e conheci o ‘romanismo’, conheci todas as suas dúvidas e frustrações e tentei entrar nele. Gosto do ‘romanismo’ puro e do ‘romanismo’ de rua. Quando estou no banco e olho mais à direita do Olímpico [Curva Sur dos adeptos] ainda me emociono”, comentou.

José Mourinho realçou que quando se chega a duas finais europeias – Liga Conferência Europa em 2021/22 (campeão) e Liga Europa em 2022/23 (‘vice’) – “e se chora de alegria com os adeptos, também se torna um deles”.

“Também existe o ‘anti-mourinhismo’. Especialmente em Roma, onde existem ambas as fações. O ‘mourinhismo’ é reconhecido por pessoas que sabem o que eu fiz. O ‘anti-mourinhismo’ é praticado por pessoas que ficavam felizes quando a Roma não tinha sucessos europeus”, explicou.

José Mourinho esclareceu ainda que “o ‘mourinhismo’ é uma forma de estar na vida” e que “o ‘anti-mourinhismo’ vende”.

“Digo isto porque encontro pessoas na rua, em todas as partes do mundo, que se identificam comigo e com a minha forma de estar na vida”, notou o treinador que no passado se autodenominou de ‘Special One’.