O Tondela, agora na II Liga e impedido de inscrever reforços, falhou a 'missão impossível' de evitar o 25.º triunfo consecutivo dos ‘grandes’ na Supertaça Cândido de Oliveira. Os Beirões perderam com o FC Porto em Aveiro, no primeiro troféu da época.

Desde o ‘longínquo’ triunfo do Boavista, em 1997, todas as vitórias ‘caíram’ para FC Porto (13), Sporting (seis) e Benfica (cinco), oito vezes em confrontos diretos e 16 em ‘duelos’ contra os ditos ‘pequenos’, face aos quais nunca ‘perdoaram’.

O Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães, ambos em três ocasiões, foram os clubes que mais oportunidades tiveram para quebrar o ciclo, mas falharam sempre, tal como o Vitória de Setúbal, em duas presenças.

Os ‘arsenalistas’, que nunca ganharam a prova e participaram pela primeira vez na edição de 1981/82, foram derrotados nas de 1997/98, 2015/16 e 2020/21, primeiro face ao FC Porto (0-1 fora e 1-1 em casa), depois frente ao Benfica (0-3 em 2016/17) e na realizada o ano passado perante o Sporting (1-2).

Por seu lado, os vimaranenses perderam duas vezes com o FC Porto, nas edições de 2010/11 (1-2) e 2012/13 (0-3), e com o Benfica na de 2016/17 (1-3, apesar de um tento do brasileiro Rafinha, esta época ‘milionário’ reforço do FC Barcelona).

Quanto aos sadinos, perderam por 1-0 com o Benfica, na edição 2004/05, culpa de um golo de Nuno Gomes, e por 3-0 com o FC Porto, na temporada seguinte.

Beira-Mar (edição 1998/99), Boavista (2000/01), União de Leiria (2002/03), Paços de Ferreira (2008/09), Académica (2011/12) e Desportivo das Aves (2017/18), face ao FC Porto, Leixões (2001/02), com o Sporting, e Rio Ave (2013/14), perante o Benfica, também não conseguiram contrariar os ‘grandes’.

De todas as equipas, a que esteve mais perto foi o Rio Ave, que, a abrir a época 2014/15, conseguiu levar o Benfica ao desempate por grandes penalidades, mas, após 120 minutos sem golos, o guarda-redes ‘encarnado’ Artur Moraes virou ‘herói’.

Antes desta série de 25 vitórias consecutivas dos ‘grandes’, os ‘pequenos’ lograram ganhar quatro das primeiras 19 edições, sempre às custas do FC Porto, batido três vezes pelo Boavista e uma pelo Vitória de Guimarães.

Os ‘axadrezados’ conquistaram a primeira edição, ainda oficiosa, realizada a abrir a época 1979/80, mais precisamente em 17 de agosto de 1979, depois de, em 1978/79, o FC Porto arrebatar o campeonato e o Boavista a Taça de Portugal.

Em pleno Estádio das Antas, casa dos ‘dragões’, em 17 de agosto de 1979, o conjunto comandado por Mário Lino conquistou o primeiro troféu, ao vencer por 2-1, com um ‘bis’ de Júlio, logo no minuto inicial e aos 62, contra um tento de Romeu, aos 77.

Depois desse triunfo inaugural dos boavisteiros, seguiram-se oito vitórias seguidas dos ‘grandes’, para, na edição 1987/88, voltar a acontecer surpresa, com o Vitória de Guimarães, do brasileiro Geninho, a impor-se ao FC Porto em dois jogos.

Os vitorianos ganharam em casa por 2-0, em 28 de setembro de 1988, com golos de Décio (28 minutos) e N’Dinga (50), jogador que deu nome a um ‘caso’, e, no mês seguinte, em 19, lograram uma preciosa igualdade a zero nas Antas.

Após mais três vitórias dos ‘grandes’, o Boavista, de Manuel José, somou o segundo troféu na edição 1991/92, num intenso duelo com FC Porto, em dois jogos que renderam sete golos.

Os ‘dragões’ adiantaram-se nas Antas, com um golo de Kostadinov (41 minutos), mas, na segunda parte, os brasileiros Marlon Brandão (63) e Artur (69) selaram a reviravolta.

Em 06 de janeiro de 1993, no Bessa, o búlgaro voltou a marcar, desta vez, em dose dupla (08 e 55 minutos), mas os ‘axadrezados’ restabeleceram a igualdade na parte final e alcançaram o troféu, com tentos de ‘rajada’ de Tavares (80) e Marlon (82).

Depois de três triunfos do FC Porto e um do Sporting, o Boavista, agora de Mário Reis, chegou ao ‘tri’ na edição 1996/97, novamente à custa dos ‘dragões’.

A formação do Bessa foi letal em casa, impondo-se por 2-0, com golos do ganês Ayew (58 minutos) e do romeno Timofte (61), e, em 10 de setembro de 1997, aguentou-se nas Antas (0-1), apesar do golo madrugador de Fernando Mendes (oito).

Desde esse duelo, seguiram-se 25 edições e todas acabaram com vitórias dos ‘grandes’, que ganharam um total de 40 troféus, de 43, e 20 de 24 ‘duelos’ com ‘pequenos’. Tendência essa que o Tondela não conseguiu inverter.

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