Em 2012-13, o futuro parecia uma encruzilhada para o Vitória de Guimarães. O ‘apertar do cinto’ nas despesas quase deixou a equipa de Rui Vitória sem soluções para a época, naquela que parecia ser mais uma vítima da crise. Contudo, a crise teve a virtude de colocar os vimaranenses a olhar para o seu interior, onde várias promessas ansiavam pela sua afirmação.
Apoiado na irreverência dos seus jovens e na solidez do seu trabalho, o técnico de 43 anos guiou a equipa a uma época tranquila, deixando o clube no nono lugar, mas esteve até à última jornada envolvido na luta por uma vaga europeia que até já estava assegurada com a final da Taça de Portugal.
Falharia no campeonato, mas não no Jamor, onde bateu o pé ao Benfica e fechou com chave de ouro uma época onde teve finalmente direito a ser feliz depois de todas as dificuldades. Agora, Rui Vitória volta a enfrentar o mesmo desafio.
Muda a época, mas não mudam os problemas. O Vitória de Guimarães deverá apresentar-se com sete alterações em relação ao ‘onze’ que brilhou no Jamor, num defeso onde muitas das revelações já deixaram o clube. Sem Baldé, Ricardo ou Tiago Rodrigues, entre outros, os vimaranenses vivem novamente uma profunda remodelação na equipa. As entradas limitam-se a jogadores a custo zero ou das camadas jovens e a palavra de ordem é vender o possível para equilibrar as contas.
Na baliza, o brasileiro Douglas deve novamente ser o último obstáculo aos adversários em 2013/14, iniciando já este sábado a sua ‘guerra’ com o FC Porto. Para a defesa, surgem as novidades Pedro Correia a lateral direito e Josué como central, onde antes figuravam Kanu e El Adoua. A acompanhar o par de reforços está o par de “jovens veteranos” Paulo Oliveira e Addy.
Quanto ao meio-campo, André e o ‘regressado’ Moreno devem assumir as despesas mais defensivas, enquanto as tarefas de ataque devem ser confiadas ao trio composto por Barrientos, Marco Matias e Crivellaro. Por fim, a comandar o ataque estará o solitário Tomané. O jovem avançado, de 20 anos, ascendeu este verão da equipa B para o plantel principal e tem deixado excelentes indicações durante a pré-época.
Face à escassez de opções ofensivas ao dispor de Rui Vitória, o técnico deverá mesmo assumir a aposta no jovem avançado já contra o FC Porto. Sem reservas e sem receios, porque o ano passado foi a prova clara de que se pode apostar na formação e ter sucesso imediato.
Comentários