O FC Porto venceu este sábado o Sporting por 2-0, conquistando a sua primeira Taça da Liga. Um golo de Eustáquio aos 10 minutos e outro de Marcano aos 86 garantiram a vitória dos dragões, e o único troféu que faltava à vitrine do museu dos dragões.

Para esta final o treinador Rúben Amorim fez apenas duas alterações relativamente ao onze que alinhou de início no jogo da meia-final. Gonçalo Inácio substituiu St.Juste, enquanto que Pedro Porro entrou para o lugar de Ricardo Esgaio.

Também Sérgio Conceição fez um par de mudanças em relação à formação inicial na partida diante do Académico de Viseu. O técnico portista fez entrar Taremi e Galeno para os lugares de Danny Namaso e Gabriel Verón.

Dragão feliz, leão perdulário

O Sporting entrou a tentar tomar a iniciativa de jogo, fazendo duas boas aproximações à área, sem que tal se traduzisse em reais oportunidades. Gradualmente o FC Porto foi equilibrando a contenda e a partida estabilizou num clima de antecipado equilíbrio nos minutos iniciais, com ambas as equipas a condicionarem a saída de jogo do adversário desde a sua zona mais recuada.

Perante este equilíbrio, nada melhor do que um golo para desatar o nó. Aos 9 minutos Eustáquio recuperou uma bola à entrada da área e fez um remate que Adán parecia ter controlado; contudo o guardião espanhol deixou a bola escapar por entre as mãos, estava feito o primeiro da partida.

Apesar de estar em desvantagem, os leões não esmoreceram e partiram de imediato em busca do empate; Marcus Edwards chegou mesmo a introduzir a bola dentro da baliza dos dragões aos 13 minutos, mas o lance foi invalidado pelo VAR por fora-de-jogo.

Em desvantagem, os leões assumiram as despesas do jogo, procurando chegar perto da área de um FC Porto que jogava agora na expectativa e à procura de um erro do adversário para lançar rápidas transições.

Os leões estiveram perto de empatar aos 36 minutos por duas ocasiões separadas por segundos; primeiro foi um tiro de Porro do meio da rua que esbarrou na trave; na sequência da jogada foi Pedro Gonçalves a rematar à entrada da área com a bola a desviar num adversário e a bater no poste.

Até ao intervalo os leões dispuseram de mais duas oportunidades para marcar; primeiro foi Pedro Gonçalves aos 42 minutos a rematar contra Cláudio Ramos e três minutos volvidos foi Pepe a tirar o pão da boca a Paulinho após incursão de Porro pela direita.

Pouco futebol, muitos cartões

Na segunda parte o FC Porto entrou mais concentrado e preciso nas marcações, permitindo menos espaços ao Sporting para desenvolver jogadas de ataque.

Com maior acerto e agressividade, os dragões conseguiram equilibrar a partida, se bem que a iniciativa continuava do lado dos comandados de Rúben Amorim, mas agora com maior dificuldade em chegar junto da área adversária.

Com o avançar do relógio os nervos foram surgindo e os ânimos começaram a exaltar-se com ambos os jogadores a contestar praticamente cada decisão do árbitro João Pinheiro; perante esta situação o árbitro tentou segurar o jogo distribuindo cartões amarelos a jogadores das duas equipas.

Numa reedição daquilo que tem vindo a ser a toada dos jogos entre leões e dragões, o jogo entrou numa fase caótica e quezilenta que teve o seu ponto máximo aos 72 minutos quando Paulinho, após lance com Otávio, viu o segundo amarelo e consequente vermelho.

Rúben Amorim resolveu refrescar todos os setores da equipa com as entradas de St.Juste, Tanlongo, Trincão e Arthur. Já Sérgio Conceição reforçava o setor defensivo com a entrada de Zaidu para o lugar de Wendell.

Em vantagem numérica o FC Porto jogava agora mais à vontade, perante um Sporting que continuou a lutar mas mostrou ressentir-se da ausência da sua referência ofensiva. Os dragões aproveitaram assim o espaço deixado por um Sporting obrigatoriamente balanceado para o ataque para chegar ao segundo; jogada na direita de João Mário a servir Pepê que cruzou para o segundo poste onde surgiu Marcano à vontade a cabecear para o 2-0, resolvendo assim a partida.

O FC Porto conquista assim a sua primeira Taça da Liga, o único troféu que faltava ao espólio dos portistas. Já o Sporting soma o sétimo jogo consecutivo sem vencer os dragões na soma de todas as competições.