Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, analisou a difícil vitória deste domingo diante do Praiense admitindo que "o jogo não correu de feição" à sua equipa.

Questionado no final do jogo o que tinha faltado controlar o Praiense, o técnico do SC Braga assumiu que o adversário 'fechou-se com uma linha de cinco'.

"A qualidade da organização defensiva do nosso adversário, já o tinha dito, que há bons treinadores, boas equipas e bons jogadores em todas as divisões. O Praiense veio aproveitar a oportunidade de uma vida e isso notou-se bem pela organização, força e acreditar. O adversário fechou-se com uma linha de cinco, mais quatro homens à frente e tivemos dificuldades em criar oportunidades de golo, mas coletivamente fomos capazes de cumprir o objetivo máximo que era a obrigatoriedade de passar. Para haver uma boa dança é preciso haver um bom par e, depois de uma paragem, estes jogos acabam por ser um mistério. A nossa força está no nosso jogo coletivo e tivemos que sofrer juntos, que defender. Depois do 1-0, devíamos ter controlado o jogo com bola, não o fizemos e cometemos um erro no penálti que deu a igualdade e, mesmo depois do 2-1, houve um 'frisson', mas faz parte. Os jogadores são os mesmos, não éramos os melhores até agora e, depois de um jogo que não correu de feição, nem demos uma goleada [não são os piores]", começou por dizer Abel Ferreira.

"[Murilo?] Gostei dele, mostrou-nos o que mostra e faz no treino, tem uma margem de progressão enorme, falta-lhe ainda, com calma e tempo, melhorar a definição, mas de resto tem tudo, assume o drible, vai para cima, é um 'abre latas' que pode decidir um jogo pela sua qualidade individual, mas está num processo de evolução."

"[Raul Silva?] Teve uma paragem longa, depois de uma lesão grave, ajudou-nos muito na época passada e está agora a regressar. Agora vai aproveitar a vaga do Pablo que tem uma mialgia que o vai impedir de jogar."

Já em relação aos poucos adeptos no estádio, Abel Ferreira considerou que por vezes é complicado convencer os adeptos a sair de casa numa noite fria para ir aos estádios.

"Entendo perfeitamente, cabe a cada um decidir o que tem que fazer, vir para o frio, e este é um estádio que à noite não é apelativo, temos que dizer isso. Agradeço de alma e coração aos que vieram e nos apoiaram num momento difícil do jogo, porque às vezes, nessas alturas, há a tendência para se assobiar quando se falha um passe, mas aí foram espetaculares e foram determinantes para o desfecho do jogo", sentenciou Abel Ferreira.