Estávamos em período pré-Euro, e em 2004 o país já estava com a febre do Campeonato da Europa que se ia realizar nesse verão. Mas antes havia uma final da Taça de Portugal para abrir o apetite.
Ao grande palco do Jamor chegavam FC Porto e Benfica. Os azuis e brancos eram amplos favoritos depois da conquista memorável da Liga dos Campeões frente ao Mónaco (triunfo por 3-1) e do campeonato nacional.
Os encarnados tinham acabado em segundo lugar, a oito pontos da equipa orientada por José Mourinho e queriam 'salvar' a época com a conquista da Taça de Portugal.
Com o Jamor pintado a vermelho e azul, os encarnados chegaram ao intervalo a vencer, com um golo de Derlei. Já na segunda parte, o grego Fyssas empatou a partida (59´).
Ainda antes do final do tempo regulamentar, Jorge Costa viu o segundo amarelo e o Benfica ficou em vantagem numérica.
Já no prolongamento, Simão Sabrosa acabou por dar o triunfo ao Benfica, ao minuto 104, depois de servido com mestria pelo suplente Zahovic.
Na altura, os encarnados confirmaram a sua 24.ª vitória na competição, numa competição que os dragões acabaram por perder, depois de dois anos em que venceram tudo em Portugal. Foi a oitavo troféu ganha pelas 'águias' em finais da Taça de Portugal contra um triunfo do FC Porto.
Benfica e FC Porto em 4-4-2
Na final, o Benfica alinhou com Moreira na baliza, defesa com Armando, Ricardo Rocha, Luisão e Fyssas, dois médios defensivos, Petit e Tiago, Miguel e Simão e com Nuno Gomes e Sokota como homens mais adiantados.
Já o conjunto de José Mourinho, alinhou, com Nuno Espírito Santo, esse mesmo o atual treinador do Wolverhampton, na defesa com Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Costa e Nuno Valente. Um meio campo, com Costinha, Pedro Mendes, Maniche e Deco e o ataque com Derlei e McCarthy.
Final com dedicatória a Feher
José António Camacho na altura treinador e a equipa do Benfica acabaram por dedicar o triunfo ao húngaro Miklor Feher, internacional húngaro, que faleceu em campo no dia 25 de janeiro desse ano na partida frente ao V. Guiamrães.
Foi também o quebrar do jejum para os 'encarnados' que não ganhavam uma competição oficial há oito anos.
*Artigo originalmente publicado a 13 de fevereiro de 2020
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