Filme do Jogo

O FC Porto apurou-se ontem para a final da Taça de Portugal de futebol, ao empatar 1-1 com o Sporting de Braga, que chegou a 'assustar' os portistas, mas que quebrou com o golo da igualdade.

Na véspera deste encontro da segunda mão das meias-finais, Abel Ferreira pediu "um jogo épico" para os bracarenses conseguirem anular a desvantagem que traziam da primeira mão (3-0), e a equipa esteve bem, mas pecou na finalização.

O Braga marcou um golo, por Paulinho (41 minutos), mas Danilo respondeu após um canto (74) e alcançou um empate lisonjeiro para os portistas, que seguem, assim, para a final do Jamor, onde vão tentar erguer a Taça de Portugal pela 17.ª vez.

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A turma de Sérgio Conceição fez um jogo 'cinzento', facto a que não serão alheias as sete mudanças operadas no 'onze' em relação ao jogo de sábado entre as duas equipas e que os 'dragões' venceram (3-2). Com apenas três mudanças na equipa, o Sporting de Braga mostrou acreditar na reviravolta (ao contrário dos adeptos, muito poucos nas bancadas).

Primeira parte foi toda do... Braga

Desde o início, teve pressa em chegar ao golo: aos três minutos, Wilson Eduardo fez um remate a roçar a barra da baliza defendida por Fabiano. A equipa de Abel Ferreira era mais agressiva e rápida sobre a bola perante um FC Porto pouco intenso e um guarda-redes que não dava segurança ao setor mais recuado.

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O Braga pressionava e chegou a marcar, num autogolo de Felipe, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Ricardo Horta no início da jogada (14). Aos 35 minutos, Claudemir não aproveitou uma saída em falso de Fabiano após um livre, mas aos 41 minutos os minhotos chegaram ao golo: Paulinho ganhou um duelo com Felipe junto à linha lateral esquerda, entrou na área e, à saída de Fabiano, 'picou' a bola sobre o guardião brasileiro.

O FC Porto 'suspirava' pelo intervalo, mas o Sporting de Braga voltou a entrar forte na segunda parte, com o veloz Murilo a espalhar o perigo (47 e 49) e um cabeceamento de Pablo a obrigar Fabiano a grande defesa (50).

Danilo tranquiliza as aspirações portistas

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Sérgio Conceição apostou em Otávio e Marega no espaço de pouco mais de dez minutos (saíram os inoperantes Adrián Lopez e André Pereira), e Abel Ferreira trocou Wilson Eduardo por Xadas e foi o FC Porto, sem fazer muito por isso, que marcou, por Danilo, de cabeça, após canto cobrado por Corona (74).

O Braga quebrou animicamente - tinha de marcar mais quatro golos para passar - e não mais criou perigo, merecendo nota até ao final a estreia do ex-bracarense Loum no FC Porto e a expulsão, por acumulação de cartões amarelos, de Felipe.

No minuto 90, Danilo, sobre a linha de baliza, impediu o golo de Palhinha, que daria ao Braga uma vitória que os 'arsenalistas' fizeram por merecer.

Quatro anos depois, o FC Porto está no Jamor

Com o apito final em Braga, o campeão nacional confirmou o regresso à final quatro anos depois da última presença, na qual foi batido precisamente pelo SC Braga no desempate por grandes penalidades (4-2, após 2-2 no prolongamento).

O FC Porto, que conquistou o troféu em 16 ocasiões, a última das quais em 2011, fica a aguardar o desfecho do dérbi Sporting-Benfica de quarta-feira para conhecer o seu adversário na final, que se realiza no dia 25 de maio, no Estádio Nacional.

O Braga, que ergueu a Taça de Portugal em 1966 e 2016, procurava a sua sétima presença na final.

As meias-finais completam-se na quarta-feira, com o dérbi lisboeta agendado para as 20:45, no Estádio José Alvalade, ao qual o Benfica chega em vantagem mdepois de ter vencido na Luz por 2-1.