E à 18.ª batalha, o 'leão'. Um Marítimo eficaz aplicou a primeira derrota ao Sporting em competições nacionais, atirando a formação de Rúben Amorim para fora da Taça de Portugal. A primeira parte foi do Sporting mas os madeirenses souberam reagir no segundo tempo, com dois golos em 11 minutos. A segunda derrota em toda a época volta a custar uma prova já que a primeira tinha sido contra o LASK Linz, jogo que colocou o Sporting fora da Liga Europa. Restam o campeonato, onde os 'leões' são líderes, e a Taça da Liga, onde medem forças com o FC Porto nas meias-finais.

Pinho tinha o antídoto para tantas mexidas (que raramente acabam bem)

Seria expetável que Rúben Amorim mexesse na equipa, face a sobrecarga de jogos nos últimos tempos (apesar de o Sporting não estar nas provas da UEFA) e ao desgaste provocado pelo encontro de sexta-feira frente ao Nacional, num terreno enlameado que exigiu muito dos jogadores a nível físico. Foi na defesa que fez a maior parte das alterações, com as entradas de Borja e Gonzalo Plata (diferentes de Coates e Pedro Porro).

O Marítimo garantiu o regresso do seu goleador Rodrigo Pinho e sabia que podia ferir este Sporting, uma equipa que já tinha evidenciado fragilidades noutros encontros mas que, até agora, permanecia invencível a nível nacional.

Com dificuldades em ligar o seu jogo, o Marítimo dependia muito do que Joel Tagueu e Rodrigo Pinho faziam na frente. Os dois avançados raramente foram servidos em condições pelos médios e o Marítimo andou sempre longe da área de Luís Maximiano.

O Sporting explorava o espaço nas costas dos laterais, com bolas em profundidade, principalmente na esquerda, com as subidas de Nuno Santos. Mas a defesa madeirense, com três centrais e dois laterais, estava bem coordenada, bem organizada por Zainadine, o capitão, e iam deixando os homens de Amorim em fora de jogo. Na direita, tanto Plata como Tabata são jogadores que gostam mais de partir da faixa para o meio onde são perigosos.

A primeira parte de domínio do Sporting não foi traduzida em golos, apesar de uma bola na barra de Tiago Tomás logo aos sete minutos e de duas defesa de Caio Secco a remates de Nuno Santos.

O Sporting continuou a dominar no segundo tempo mas encontrou um Marítimo melhor nas saídas para o ataque.

Foi de um erro de João Palhinha que Bambock isolou Rodrigo Pinho para o 1-0 aos 68 minutos. E, 11 minutos depois, com a defesa do Sporting desfeita e já só com quatro homens (Palhinha a fazer dupla com Feddal), o Marítimo 'matou' o jogo num canto, uma situação de bola parada onde já tinha dado o aviso.

Já no desespero, com Coates a ponta de lança, Sporar desperdiçou a grande oportunidade criada por Plata aos 91.

Primeira derrota do Sporting a nível nacional, num dia em que a formação de Alvalade não foi capaz de furar a defensiva maritimista e de reagir ao primeiro golo.

Tantas mexidas de Rúben Amorim acabaram por descaraterizar a equipa mas as mesmas eram esperadas, tendo em conta o contexto competitivo: sexta-feira há jogo com o Rio Ave para a I Liga e na terça-feira, 19 de janeiro, duelo com o FC Porto por um lugar na final da Taça da Liga.

Resta saber se este desaire irá abalar a confiança dos líderes isolados da Primeira Liga.

Polémica: Marítimo pede penalti

Aos 28 minutos de jogo, um centro de Hermes bateu no braço de Neto já dentro da área. O Marítimo pediu penalti mas o árbitro Manuel Oliveira, após ouvir o VAR, entendeu que não seria lance para grande penalidade.

Momento-chave: Rodrigo Pinho 'desata o nó'

Numa altura em que jogo estava 'morno', sem oportunidades em nenhuma das balizas, Bambock aproveitou um erro de Palhinha para isolar Rodrigo Pinho para o seu 6.º golo nesta edição da Taça (é o melhor marcador), o seu 13.º em 15 jogos esta época pelo Marítimo.

Os Melhores: Pinho brilhou na frente, Caio 'seccou' atrás

Além do golo, numa bela finalização de primeira, Rodrigo Pinho assistiu Léo Andrade para o 2-0. Dos seus pés nasceram os principais lances de perigo do Marítimo, principalmente no segundo tempo. Esta época já fez o 'hat-trick' aos 'três grandes' já que marcou contra FC Porto, Benfica e Sporting. A imprensa avança que poderá estar de partida para o Benfica. Resta saber se já ou se no final da época,

Caio Secco, o terceiro guarda-redes do Marítimo, mostrou que o treinador pode contar com ele. Esteve bem no primeiro tempo, com defesas seguras e na segunda parte manteve a sua baliza a zeros. É o primeiro guarda-redes a quem o Sporting não marcou golos esta época em Portugal.

Os Piores: Sporar e os golos fáceis, Sporting e as quedas precoces

Na época passada o Sporting foi afastado da Taça de Portugal logo no primeiro jogo, ao perder fora com o Alverca, do Campeonato de Portugal. Esta época cai ao terceiro encontro, num jogo onde não soube reagir à desvantagem. Esperava-se mais da equipa mas quando colocada perante formações com muitos jogadores atrás da linha da bola, o Sporting mostra dificuldades em criar perigo.

Sporar teve nos pés a grande oportunidade dos 'leões' em todo o segundo tempo mas atirou por cima. O esloveno parece não se dar bem com 'golos cantados'.

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