A decisão da eliminatória e a consequente passagem aos quartos-de-final da prova só ao 30.º pontapé pendeu para o FC Porto (10-9), depois do prolongamento ter terminado com uma igualdade a 2-2.

O longo tira-teimas entre "azuis" ficou, no entanto, muito longe do recorde na posse de um jogo da Taça da Namíbia, em 2005, disputado entre o KK Palace e o Civics e só decido na 48.ª grande penalidade.

O pódio das decisões mais longas na transformação de grandes penalidades fica concluído com um jogo entre o Argentino Juniores e o Racing, com um total de 46, e o Alianza-Paz Juniores, com 42 pontapés.

Entre as decisões mais longas no desempate com pontapés a 11 metros contam-se ainda as dos jogos Turnbridge-Littlehampton Town e Obernai-Wittelsheim, ambos com 40, respectivamente das taças de Inglaterra e França.

Seguem-se os jogos entre o Gençlerbirligi e o Galatasaray, para a Taça da Turquia, e o Maccabi Herzliya-Maccabi Petak Tikva, para a Taça de Israel, ambos com a decisão a surgir apenas na 34.ª grande penalidade.

O desempate por grandes penalidades, utilizado em competições a eliminar, é um processo relativamente "recente", uma vez que só na década de 60 este processo foi experimentado com sucesso em Espanha.

Até então, os jogos que terminassem empatados eram decididos com o recurso a moeda ao ar, tal como aconteceu na eliminação do Benfica frente aos escoceses do Celtic, em 1969/70, na Taça dos Campeões.

A paternidade do desempate por grandes penalidades é atribuída ao jornalista espanhol Rafael Ballester, que a sugeriu no Troféu Ramón de Carranza, em 1962, e ao árbitro alemão Karl Wald, que a oficializou em 1970.

A federação alemã de futebol deu corpo à proposta de Karl Wald junta da UEFA e FIFA, que abraçaram a inovadora ideia, praticamente inalterada até hoje, e a adoptaram para as competições.

Inicialmente, as equipas dispunham de uma série de cinco grandes penalidades consecutivas, caso o empate se mantivesse teriam nova ronda, e a alternância entre os pontapés só foi introduzida em 1976.

A primeira decisão oficial de um desempate pela marcação de grandes penalidades foi registada num jogo entre o Hull City e o Manchester United, em 1970, durante uma das meias-finais da Taça Watney.

O primeiro jogador a marcar foi George Best e o primeiro a falhar foi Denis Law. O guarda-redes Ian McKechnie, do Hull City, ficou na história do futebol mundial como o primeiro a defender uma grande penalidade (de desempate).

A primeira grande competição decidida por grandes penalidades foi o Campeonato da Europa de 1976. A Checoslováquia venceu a Alemanha, por 5-3, com o penalidade decisiva a ser apontada em jeito por Panenka.

O primeiro desempate num Mundial aconteceu em 1982, em Espanha, com a Alemanha a vencer a França, por 5-4, no Estádio Ramón Sànchez Pizjuán, em Sevilha, nas meias-finais.