Houve um “tomba gigante” na Taça de Portugal. O Chaves depois de afastar o Paços de Ferreira, nos quartos de final, repetiu a proeza ao eliminar a Naval 1º de Maio, tendo vencido o jogo da primeira mão, por 1-0.

O Chaves fez jus à vitória e esperou pelo momento certo para dar o xeque-mate, mas, pela forma como o jogo decorreu e com as vicissitudes do mesmo, o triunfo flaviense foi por demais justificado.

A Naval atingiu pela segunda vez no seu historial de 117 anos uma meia-final da Taça de Portugal, o que já acontecera na temporada de 2002/03, sendo então afastada pelo FC Porto, nas Antas, que conquistaria o troféu.

O Chaves apresentou-se como debutante nesta fase da Taça, tentando a honraria de marcar presença na final da Taça, mas também de salvar uma temporada futebolística.

O técnico da Naval, Augusto Inácio, entrou com tudo o que podia, isto é, à excepção de Bolívia (lesionado), fez alinhar a equipa considerada titular.

Manuel Tulipa, treinador do Chaves, jogou os seus trunfos disponíveis não conseguindo recuperar para esta partida um dos seus jogadores mais influentes, Carlos Pinto.

Assim que o árbitro Duarte Gomes apitou para início de jogo os figueirenses assumiram os riscos da partida.

Na primeira incursão dos flavienses na área da Naval, minuto 10, Diop cai na área em luta com Gómis e os flavienses reclamaram grande penalidade.

Cinco minutos volvidos, a Naval inaugura o marcador e iguala a eliminatória por Fábio Júnior. Cobrança de bola parada, esférico desviado ao segundo poste Fábio Júnior de "bicicleta" não perdoou.

Reagiram os flavienses ao golo figueirense. A equipa de Tulipa avançou no terreno e, aos 26 e 37, Danilo e Samsom colocaram Peiser à prova com dois remates de grande perigo.

Inácio promoveu alterações no reatamento, deixando Alex Hauw no balneário e fazendo surgir no seu lugar Davide e a partida decresceu de qualidade.

Aos 70 e 81 minutos, Rui Rego com duas defesas arrojadas negou o golo a Fábio Júnior e Camora e o cenário de prolongamento começou a ganhar consistência.

Inácio guardou para o início do prolongamento o seu último trunfo de banco: Kerrouche.

Completado o primeiro minuto do prolongamento Edu cai na área e o banco do Chaves salta em protesto, Castanheira, que já tinha sido substituído, acaba por ser admoestado com uma vermelho directo.

Na etapa inicial do prolongamento, um cabeceamento de Godemèche, bem resolvido por Rui Rego, foi o lance mais perigoso.

Cinco minutos após o início do prolongamento o Chaves iguala a partida por Edu e passa novamente a ter vantagem na eliminatória. Lançamento longo de Ricardo Rocha, Edu persegue a ver no que dá e ganha o esférico perante a passividade de Camora e Peiser.

Não ficou por aqui a festa dos transmontanos. O mesmo Edu, em cima dos 119, garantiu o triunfo do Chaves com mais um golo.
- Jogo no Estádio Municipal José Bento Pessoa na Figueira da Foz.

Naval - Chaves, 1-2 (após prolongamento)

Intervalo: 1-0

Marcadores: 1-0, por Fábio Júnior, 15 minutos
1-1, Edu, 110
1-2, Edu, 119

Equipas:

- Naval: Peiser, Carlitos, Gómis, Diego, Daniel Cruz (Kerrouche, 90) Godemèche, Lazaroni, Alex Hauw (Davide, 45), Marinho (Michel Simplício, 76), Fábio Júnior e Camora.
(Suplentes: Jorge Batista, Michel Simplício, Davide, Bolívia, Real, Alex Hauw, Ouattará, Zé Mário, Kerrouche.

- Chaves: Rui Rego, Danilo, Lameirão, Ricardo Rocha, Eduardo, Siaka Bamba, Bruno Magalhães, Castanheira (Fábio Igor, 76), Samson, Clemente (Edu, 68) e Diop (Vítor Silva, 64).
(Suplentes: Daniel Casaleiro, Nelson, Vítor Silva, Fábio Igor, Edu, Heslley e João Fernandes).

Árbitro: Duarte Gomes, Lisboa.

Acção disciplinar: cartão amarelo para: Fábio Júnior (35), Siaka Bamba (42), Clemente (55), Samson (65), Lazaroni (66), Daniel

Cruz (79), Eduardo (89) e Camora (109). Cartão Vermelho para Castanheira (92).

Assistência: Cerca de 1000 espectadores.