Marinho sente-se «mal no papel de herói», apesar de ter marcado os dois golos que colocaram a Académica na final da Taça de Portugal de futebol, mas garante que os “estudantes” vão ao Jamor para ganhar.

«Se há algum [herói] é toda a equipa, porque ninguém vence jogos sozinho», disse à agência Lusa o autor dos golos da “briosa” no empate com a Oliveirense (2-2), depois da vitória por 1-0 em casa, nas meias-finais.

Ainda assim, Marinho admite que este foi o ponto mais alto da sua carreira até ao momento, após o travo amargo da eliminação frente ao Vitória de Guimarães na temporada passada: «Depois de ter morrido na praia, acho que sim, é o ponto mais alto da minha carreira».

Sobre os festejos, o avançado da Académica admite que não esperava tanta gente na chegada da equipa a Coimbra, e sublinha a importância da proeza para o clube e para a cidade: «Foi uma alegria imensa, não só por nós, mas para esta cidade, porque há 42 anos que a equipa não chegava à final do Jamor».

Espera ainda mais conquistas e não acredita que tenha atingido o «limite da carreira», mas garante que acima de todos está o interesse da equipa e agora as atenções centram-se em dois grandes objetivos: a manutenção e a conquista da Taça de Portugal.

Aos 28 anos, Marinho já esqueceu a passagem pelo Sporting, no qual representou a equipa B em 2001/02, e confessa com sentiu «mágoa» quando saiu:

«Queria regressar para mostrar que tenho valor», mas agora diz-se «muito feliz na Académica».

Sobre uma eventual saída para um “grande” nacional ou para o estrangeiro, é bem mais comedido e recorda que ainda tem esta época e mais duas de contrato com a Académica: «A não ser que haja algo de muito especial, para mim e para o clube, isso não entrará na minha vida pessoal».