Num jogo entre equipas de escalões diferentes, as diferenças quase não se fizeram sentir na primeira parte, já que, apesar da superioridade no futebol praticado, o Trofense esteve muito apático e desorganizado na defesa.

Já o Paredes, soube pressionar na hora certa e sofrer quando foi preciso, beneficiando também do facto de ter actuado em superioridade numérica desde os 20 minutos. Devido à expulsão do guarda-redes local Marco.

O primeiro golo surgiu depois de uma falha grave de Ginho, que perdeu a bola à entrada da área e deixou Nelson Campos isolado frente a Marco.

O guardião esticou-se para tentar evitar o golo certo e acabou por atingir o jogador do Paredes. O cartão vermelho foi bem mostrado e, de grande penalidade, aos 22 minutos, Calica fez o primeiro golo da tarde.

Ainda estavam os atletas visitantes a serenar após os festejos e os locais a tentar perceber o que tinha acontecido, já Nelson Campos, o mais irrequieto dos forasteiros, fazia o segundo, através de um remate cruzado e sem dar hipóteses a Vítor (26 minutos). Ficam dúvidas sobre se o jogador não estaria em fora de jogo.

A perder por duas bolas e com menos um homem em campo, Vítor Oliveira ainda se viu a braços com mais uma contrariedade: Ginho saiu do relvado muito queixoso, obrigando o técnico a efectuar uma substituição que não estava nos seus planos.

Ao fechar o primeiro tempo, Reguila quase diminuiu a desvantagem. Aliás, a bola só não entrou por milagre. O avançado rematou, após cruzamento de Hélder Sousa, e o guardião Pedro Miguel defendeu, por instinto, com as pernas (44 minutos).

Na segunda parte, o Trofense apostou tudo mas a bola teimava em não entrar na baliza adversária. Aos 61 minutos, Hélder Sousa raspou a barra, num livre. Um minuto depois (62), os trofenses pediram grande penalidade por falta do guarda-redes sobre Silas. O juiz portuense deixou seguir o lance. Aos 64, Reguila atirou ao lado.

O golo da equipa da Trofa acabou por surgir por intermédio do recém-entrado Charles Chad, que cabeceou após livre marcado por Hélder Sousa (73 minutos).

Depois de um cruzamento de Milton do Ó, Reguila, de cabeça, esteve muito perto de igualar, aos 86 minutos, mas Pedro Miguel agarrou em cima da linha da baliza.

Mas, o Paredes sentenciou a partida e todas as ilusões do Trofense quando Ricardo Santos marcou o terceiro golo (88 minutos).