Um minuto depois de o árbitro Paulo Costa ter anulado, mal, à Naval um golo a Diego Ângelo, o defesa central marcou de cabeça, na sequência de um canto, e proporcionou uma grande explosão de alegria aos mais de 2000 transmontanos nas bancadas, além de a melhor estreia possível ao novo técnico, Manuel Tulipa.
Num desafio de fraca qualidade, a Naval (oitava na Liga) revelou-se a equipa melhor organizada e mais bem preparada fisicamente, enquanto os flavienses (14.º posto na Honra) foram premiados pela entrega e crença.
Apesar de uma jogada proporcionada por Bolívia, logo aos cinco minutos, a primeira parte foi monótona e sobraram as fases de mau futebol, com as equipas muito trapalhonas e sem fio de jogo, embora a Naval se apresentasse um pouco mais entrosada.
Os transmontanos regressaram ao jogo mais afoitos e logo no primeiro minuto da segunda parte, depois de o guarda-redes não segurar, Bruno Magalhães viu o seu forte remate ser desviado pelas costas do companheiro Clemente, que, aos 59, a um metro da baliza, cometeu a “proeza” de cabecear por cima.
Fábio Júnior (50), rente à trave, e Bolívia (62), a rasar o poste esquerdo, protagonizaram a resposta da Naval, num desafio que estava agora mais movimentado, embora tecnicamente ainda modesto.
A partida estava mais equilibrada e Samson (75) quase marcava, mas, na área, atirou à figura de Peiser. O médio flaviense foi expulso aos 80 por acumulação de cartões amarelos, em que o primeiro terá sido mal mostrado, tendo os “locais” actuado em inferioridade numérica até ao fim.
Já nos descontos, Diego Ângelo, no meio de grande confusão, introduziu a bola na baliza, mas o tento foi anulado por alegado fora de jogo.
Na resposta, em canto, Ricardo Rocha saltou e, de cabeça, fez o tento da vitória, deixando Trás-os-Montes em festa.
A segunda mão disputa-se a 13 de Abril na Figueira da Foz, devendo o vencedor da eliminatória defrontar na final o conjunto que sair do embate entre Rio Ave e FC Porto.
Comentários