O atleta norte-americano Siphiwe Baleka, em visita à Guiné-Bissau, disse que a forma de comunhão como vive o povo balanta é motivo de orgulho.
"A primeira impressão é a forma como os balantas vivem em comunhão. Crianças, adultos e velhos, todos numa comunhão harmoniosa. Isso tocou-me. É uma coisa que não tinha visto em mais lado algum", declarou emocionado o atleta.
O empresário, que em 2010, graças aos testes de DNA conseguiu descobrir a sua ascendência balanta, disse ter ficado com aquela impressão ao visitar a comunidade Tchok Mon, nos arredores de Mansoa, onde vivem maioritariamente indivíduos da etnia balanta.
"São pessoas firmes, com dignidade na sua forma de viver. A vida dos negros dos Estados Unidos de América é muito diferente do que vi aqui", acrescentou o empresário e atleta, que prometeu uma resposta aos pedidos das pessoas de comunidade de Tchok Mon, nomeadamente água potável, painéis solares para o fornecimento de energia e um posto sanitário.
Siphiwe Baleka afirmou ter ficado impressionado com relatos de pessoas que percorrem quilómetros de distância da sua comunidade, de bicicleta, em busca de tratamento médico ou a dificuldade para arranjar água para beber.
"No mês de maio podemos voltar cá com outros afro-americanos para visitarmos melhor a Guiné-Bissau", prometeu Baleka, que também pretende desenvolver uma escola de natação desde que haja apoios do Governo para fazer avançar a iniciativa.
O norte-americano, que demonstra alguns conhecimentos do dialeto balanta, que está a aprender, revelou ter o sonho de um dia descobrir de que comunidade balanta partiram os seus tetravôs enquanto escravos há centenas de anos para os Estados Unidos de América.
Dados do Governo guineense apontam que os balantas representam 25% da população do país.
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