O diretor desportivo do Comité Olímpico de Portugal (COP), Pedro Roque, considerou hoje que o desempenho da missão lusa nos Jogos Europeus foi um “excelente momento” para o país, elogiando o “espírito de conquista e superação” dos atletas.
“Foi um excelente momento para Portugal. Dezasseis medalhas, mais do que as 15 de Minsk2019. Em termos de abrangência, tivemos 52 posições até ao oitavo lugar contra as 33 de há quatro anos”, resumiu, em jeito de balanço, destacando o facto de cinco dos pódios serem em disciplinas olímpicas.
Pedro Roque sublinhou ainda o facto de haver um “conjunto maior de modalidades” a obter resultados de relevo, sendo que nove conseguiram posições de pódio e 16 obtiveram desempenho até ao oitavo lugar.
“É um balanço muito positivo. Chegámos a números aos quais nunca tínhamos chegado”, reforçou, embora reconheça que é “uma análise sempre difícil” de fazer, tendo em conta que cada uma das três edições dos Jogos Europeus teve um programa desportivo diferente.
Depois das 10 medalhas em Baku2015 e das 15 em Minsk2019, Roque elogiou o facto de ter sido “possível melhorar” com o contributo de uma equipa “à altura de representar Portugal em grande nível”.
“Estiveram sempre com espírito de conquista e superação. Espírito ganhador e também de partilha”, elogiou.
O responsável garantiu que o desempenho de Portugal na Polónia “correspondeu perfeitamente às expectativas” e realçou o facto de o país estar no “caminho da afirmação a nível de resultados desportivos”.
Em Baku2015, as 10 medalhas valeram o 18.º lugar entre as nações participantes, em Minsk as 15 traduziram o 17.º, enquanto na Polónia as 16 significavam o 21.º, num evento que não contou com a Rússia, clara ganhadora das duas primeiras edições, e Bielorrússia, sétima e segunda classificada, respetivamente.
“Gostaríamos de estar um pouco mais à frente, como é obvio, mas não foi possível. Mas o que é mais importante é que estamos a consolidar a nossa posição entre alguns países da nossa dimensão. Queremos dar o salto para a frente, contudo para isso temos de primeiro consolidar a posição”, defendeu.
O diretor desportivo do COP ilustrou que Portugal teve quatro medalhas em Tóquio2020, algo a que o país “não estava habituado”, exemplificando igualmente com a evolução de Baku para Minsk e os Jogos do Mediterrâneo de Tarragona para Oran.
“Cada vez temos maior número de medalhas e mais atletas jovens com potencial para obtenção de resultados de alto nível. Há uma cultura de excelência cada vez maior no nosso país e isso é visível nestes eventos”, concluiu.
Esta é a mais bem-sucedida edição de sempre dos Jogos Europeus para Portugal, com três ouros, sete pratas e seis bronzes.
A terceira edição dos Jogos Europeus termina hoje em Cracóvia e na região polaca de Malopolska, com 30 modalidades no programa e 48 países participantes, incluindo Portugal, que contou com uma delegação com mais de duas centenas de atletas.
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