A Confederação do Desporto de Portugal (CDP) considerou hoje “um erro colossal” a desvalorização do setor no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), enviando hoje o seu contributo para os ministros do Planeamento e da Educação.

“É um erro colossal que o Plano de Recuperação e Resiliência não tenha em conta o fator estratégico que o desporto representa e pode vir a representar na recuperação e resiliência da economia nacional e por sua vez de uma forma transversal para Portugal”, justificou o organismo.

A CDP, em sintonia com o resto do movimento desportivo, critica o Governo pelo esquecimento do setor, sujeito a “enormes restrições” em tempos da pandemia da covid-19, entregando o seu trabalho aos ministérios liderados por Nelson de Souza, o do Planeamento, e de Tiago Brandão Rodrigues, que acumula a educação e o desporto.

“O desporto nacional carece de apoio urgente! O tecido desportivo na sua generalidade, sobretudo o de nível local, não aguenta muito mais tempo sem se desintegrar”, salientou Carlos Paula Cardoso, presidente da CDP.

Além do PRR, o dirigente defende uma intervenção urgente do Estado no tecido desportivo, nomeadamente a “criação de um fundo de apoio ao desporto (…) a ser gerido por uma comissão de gestão que integre, além da Confederação do Desporto de Portugal, também o Comité Olímpico e o Comité Paralímpico”.

A CDP pretende uma “ação concertada coesa e unida dos vários atores desportivos em articulação com os parceiros políticos e sociais”.

Classificou ainda de “excelente e abrangente” o documento/proposta apresentado à tutela por cinco federações desportivas (andebol, basquetebol, futebol, patinagem e voleibol), que subscreve “na íntegra”, considerando pouco útil a apresentação de “mais documentos dispersos”.

Federações desportivas, Comités Olímpico e Paralímpico de Portugal, associação de atletas olímpicos, associações de futebol estão entre os críticos à proposta do governo para o PRR.

O PRR, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.

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