O secretário-geral da Confederação Africana de Futebol (CAF), Veron Mosengo-Omba, é alvo de uma investigação da Justiça suíça por suposta fraude financeira, embora tenha afirmado na quinta-feira (3) que as suas transferências que estão sob suspeita foram "legítimas".
A investigação sobre Mosengo-Omba, que tem dupla nacionalidade congolesa e suíça, foi aberta no cantão de Friburgo (oeste).
Em comunicado na rede social X, o dirigente afirma que as movimentações bancárias investigadas são "legítimas e rastreáveis", foram realizadas "com toda a transparência" e correspondem a "salários e bônus" que recebeu da CAF desde que ocupa o cargo de secretário-geral do organismo.
O nome de Mosengo-Omba, apontado pela imprensa suíça como homem próximo a presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi apontado na quarta-feira como investigado pelo portal 'Gothan City', especializado em crimes financeiros, que se baseou numa decisão do Tribunal penal federal emitida no dia 13 de setembro.
A identidade da pessoa incriminada não foi revelada, mas foi apontada como a do secretário-geral de uma organização com sede no Egito (a sede da CAF fica no Cairo).
Presidida pelo sul-africano Patrice Motsepte, a CAF, que agrupa 54 federações nacionais, luta para melhorar a sua imagem, desgastada por múltiplas suspeitas de corrupção. O seu presidente anterior, Ahmad Ahmad, foi suspenso em 2020 por fraudes financeiras.
O jornal suíço Le Temps escreveu na quinta-feira que Mosengo-Omba fugiu da República Democrática do Congo em 1980 e estudou Direito na Universidade de Friburgo, junto com Infantino, e os dois tornaram-se amigos.
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