Era a final que mais expectativa causava na jornada de hoje no Centro Aquático de Tóquio e os 400 livres não defraudaram, com a nadadora mais medalhada dos anteriores Jogos Olímpicos – com quatro ouros e uma prata, ficou apenas atrás de Michael Phelps no ‘ranking’ da natação - a liderar durante 300 metros, antes de ver a jovem de 20 anos negar-lhe a revalidação do título olímpico na distância.
“Não consigo acreditar, estou a tentar controlar as minhas emoções... mais do que qualquer outra coisa, é um alívio cumprir a minha missão. Não estaria aqui sem ela [Ledecky] a estabelecer a fasquia. Simplesmente, tenho tentado persegui-la. É muito divertido competir contra ela... não acredito que consegui!”, disse a nova campeã olímpica dos 400 metros.
Ao nadar em 3.56,69 minutos, Titmus confirmou definitivamente a sucessão iniciada nos Mundiais de 2019, quando bateu a recordista mundial no último confronto entre ambas, tornando-se ainda a primeira nadadora a superar Ledecky numa final individual nos Jogos Olímpicos - tinha vencido as quatro anteriores em que participou.
Hoje, a norte-americana, que no Rio2016 foi também campeã nos 200 e 800 metros livres, com recordes mundiais, e nas estafetas dos 4x200 livres, foi 67 centésimos mais lenta e teve de contentar-se com a prata, enquanto a chinesa Bingjie Li ficou com o bronze.
Se Ledecky ‘falhou’ a defesa do título, Adam Peaty revalidou-o nos 100 bruços, com uma nova exibição da sua supremacia na distância, na qual detém os 16 melhores registos da história, ficando, no entanto, longe do recorde do mundo (56,88 segundos) e mesmo do recorde olímpico que lhe pertence desde o Rio2016 (57,13) ao nadar em 57,37.
No primeiro pódio 100% europeu em Tóquio2020, o britânico, agora bicampeão olímpico dos 100 bruços, deixou o medalha de prata, o holandês Arno Kamminga, a 63 centésimos, e o bronze, o italiano Nicolo Martinenghi, a 96.
Curiosamente, esta foi a segunda prova sem medalhas norte-americanas, já que, um pouco antes, nos 100 metros mariposa femininos, a ‘raridade’ também tinha acontecido, com a canadiana Margaret MacNeil a bater a chinesa Yufei Zhang e a australiana Emma McKeon para sagrar-se campeã olímpica, com o tempo de 55,59 segundos, e oferecer a primeira medalha de ouro do Canadá nestes Jogos Olímpicos.
Ainda a recuperar da lesão no cotovelo direito, que a afastou das piscinas entre fevereiro e junho, ao ponto de colocar em causa a sua presença em Tóquio2020, a até hoje campeã olímpica em título, a sueca Sarah Sjöström, foi apenas sétima, com o tempo de 56,91, bem distante do seu recorde mundial de 55,48, fixado precisamente no Rio2016.
A fechar a jornada de finais no Centro Aquático de Tóquio, os Estados Unidos repuseram a normalidade com um triunfo fácil na estafeta dos 4x100 livres, diante de Itália e Austrália, que travaram uma renhida luta pela prata, que foi para os europeus.
Juntamente com Blake Pieroni, Bowen Becker e Zach Apple, Caeleb Dressel conquistou a primeira das seis medalhas de ouro a que aspira nas piscinas da capital nipónica, com a estafeta norte-americana a parar o cronómetro nos 3.08,97 minutos.
Apostado em ocupar o lugar deixado vago por Michael Phelps, Dressel vai competir ainda nos 50 e 100 livres e nos 100 mariposa, além de em duas outras estafetas, os 4x100 estilos e os 4x100 estilos mistos.
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