Tiago Apolónia, João Pedro Monteiro e Marcos Freitas foram os heróis portugueses deste domingo nos Jogos Olímpicos. Bateram-se estoicamente frente à Coreia do Sul e obrigaram os números dois do Mundo a quinto jogo, depois de terem mesmo estado a vencer por 2-1.

João Pedro Monteiro diz que o sentimento é de alguma tristeza por não terem conseguido atingir as meias-finais.  

«Antes da partida já sabíamos que íamos defrontar a segunda melhor equipado mundo. Tivemos uma vitória moralizadora contra a Grã-Bretanha e ontem batemo-nos de igual para igual contra a segunda seleção mais forte do mundo. Poderíamos estar contentes com o quinto lugar, mas a sensação que fica é de que poderíamos ter passado às meias-finais da prova. Infelizmente não foi possível», lamenta o mesa tenista luso, que assume que vive este momento com «um misto de tristeza e de alegria», mas em que a primeira acaba por ser mais forte.

Já Marcos Freitas, que esteve no último jogo, lembra que apesar de o ténis de mesa ganhar agora maior mediatismo, é um trabalho que já tem muitos anos e feitos conquistados.

«As pessoas estão a dar algum valor agora, mas já vimos a fazer resultados destes há muito tempo. É óbvio que os Jogos têm outra projeção, e agora o que queremos é continuar a evoluir.»

Tiago Apolónia é o único destro da equipa portuguesa e tal como os colegas lamenta que o ténis de mesa não tenha dado um salto ainda maior em Londres. Diz que esteve muito perto e que no Rio de Janeiro podem ser esperados resultados ainda mais brilhantes.

«Certamente que daqui a quatro anos, se continuarmos a trabalhar e a evoluir, vamos estar ainda mais fortes. Mas até lá há ainda muito para disputar e muitas coisas que queremos ganhar», diz o português que atua na Alemanha e que vê com alegria o entusiasmo com que Portugal acompanhou este domingo o ténis de mesa.

«Sabemos que em Portugal esteve muita gente a assistir ao nosso jogo e ficamos muito contentes com isso. Esse é um sonho que já sigo há algum tempo. Ter os portugueses a vibrar e a entusiasmar-se connosco é muito gratificante», conclui o mesa tenista luso.