Os Jogos Santa Casa entregaram hoje bolsas de educação a 22 atletas integrados nos programas de preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 e para os Surdolímpicos de 2017.
Os 22 atletas que receberam bolsas, num valor global de 66.000 euros, fazem parte do programa Olímpico e Paralímpico para o Rio2016 e do programa Surdolímpico de 2017 e encontram-se matriculados em instituições de ensino superior, em licenciaturas, pós-graduações e mestrados.
“Esta iniciativa tem a vantagem de permitir aos atletas não descurar a sua educação. Foi o que me permitiu, há um ano, prosseguir os meus estudos com o mestrado”, contou o nadador Nelson Lopes, que concilia a sua preparação para os Paralímpicos do Rio de Janeiro com o segundo ano do Mestrado em Economia e Políticas Públicas, do Instituto Superior de Economia e Gestão.
Também David Grachat, nadador do programa Paralímpico e estudante do terceiro de Educação Física do Instituto Superior de Ciências Educativas, destacou “a fantástica iniciativa” que teve “um impacto imensurável” na vida dos atletas.
“[As bolsas] Dão-me barbatanas, guelras para continuar a nadar”, assegurou.
Já a ginasta Sílvia Saiote, a frequentar o primeiro ano da Pós-Graduação em Gestão e Marketing Desportivo da Universidade Lusófona, recordou os anos de dedicação que precisou para chegar ao nível olímpico, ao mesmo tempo que estudava Economia, e mostrou-se esperançada que o Comité Olímpico de Portugal (COP), o Comité Paralímpico de Portugal (CPP) e a Santa Casa da Misericórdia tenham tanto orgulho nos atletas que apoiam como estes têm em representar Portugal.
“Esta bolsa não é um desperdício, é uma mais-valia para todos nós”, reforçou Isabel Ozório, estudante do mesmo curso que Sílvia Saiote e capitã da seleção feminina de râguebi, que viu mais sete atletas – Maria Heitor, Inês Marques, Catarina Nunes, Leonor Amaral, Arlete Gonçalves, Daniela Correia e Catarina Ribeiro – receberem bolsas.
Além destas, também a judoca Joana Santos, do projeto Surdolímpico, os nadadores do projeto Paralímpico Amadeu Cruz e Gino Caetano, o atleta Ricardo Ribas, a canoísta Teresa Portela, o esgrimista Pedro Macedo, os ginastas Diogo Abreu e Pedro Ferreira, a judoca Telma Monteiro, e os lutadores Nuno Costa e Rui Bragança (taekwondo) se tornaram ‘bolsistas’.
O presidente do COP, José Manuel Constantino, destacou o papel “singular e imprescindível” que a Santa Casa representa no desporto nacional, sendo corroborado pelo seu congénere do CPP.
“A Santa Casa conseguiu dar um exemplo de equidade como nunca tínhamos tido. Pela primeira vez, dizem que os custos são iguais para atletas olímpicos, paralímpicos e surdos”, disse Humberto Santos na cerimónia que decorreu na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Já Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa, defendeu que a entidade está a cumprir o seu dever: “Só por ouvir que [os atletas] não tiveram de optar entre estudar e praticar desporto já valeu a pena”.
As bolsas foram atribuídas pela Santa Casa na qualidade de Parceiro Oficial do Programa de Responsabilidade Social para a Educação do COP e do CPP. O programa lançado há três anos já atribuiu bolsas no valor de 252.000 euros.
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