A Agência Chinesa Antidoping (CHINADA) pediu mais testes contra atletas norte-americanos, depois de acusar os Estados Unidos de ocultarem abusos "sistemáticos". Um pedido que surge no meio de uma troca de denúncias entre os dois países que lideram o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
As autoridades da China e dos Estados Unidos da América trocam acusações desde que uma reportagem revelou, em abril, que 23 nadadores chineses testaram positivo para uma substância proibida antes dos Jogos de Tóquio, em 2021, mas foram autorizados a competir.
A Agência Mundial Antidoping (WADA) aceitou a alegação das autoridades chinesas de que os resultados positivos foram provocados pelo consumo de alimentos contaminados. Os atletas não foram punidos.
A revelação gerou fortes críticas à WADA, em particular nos Estados Unidos, o que irritou a China.
A CHINADA respondeu esta quinta-feira, sublinhando que "há motivo para suspeitar que existe um problema de doping no atletismo dos Estados Unidos".
A agência chinesa cita, em comunicado, o caso do atleta norte-americano Erriyon Knighton, que testou positivo em março para uma substância proibida, mas foi autorizado a competir em Paris depois de um árbitro independente determinar que o resultado teria sido causado por carne contaminada.
Knighton apurou-se para a final olímpica dos 200 metros em Paris.
A CHINADA questionou por que a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) não divulgou mais testes da substância, um esteroide amplamente utilizado na pecuária, entre atletas norte-americanos.
A agência pediu que os atletas dos EUA sejam testados devido às "manchas profundamente enraizadas no atletismo norte-americano e ao repetido menosprezo da USADA sobre os procedimentos e padrões".
A CHINADA não apresentou nenhuma evidência de que os atletas dos EUA em Paris testaram positivo em exames de doping.
A delegação dos Estados Unidos lidera o quadro de medalhas com 27 ouros, contra 25 da China, até Ao momento nos Jogos de Paris.
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