De acordo com uma lista elaborada pela a BBC África, os mais promissores atletas africanos a subirem ao pódio, nestes Jogos Olímpicos de Londres, são:
Segun Toriola (Nigéria), ténis de mesa
Trata-se do mais medalhado jogador de ténis de mesa de África. Depois a estreia nos JO de Barcelona 1992, Londres será a sua sexta participação e, aos 38 anos, deverá ser a última. Ter sido o primeiro africano a chegar aos quartos-de-final, em Pequim, é um marco na modalidade. Nos últimos vinte anos ganhou tudo o que havia para ganhar em África. Toriola joga profissionalmente em França e é o mais novo de nove irmãos.
Benjamin Boukpeti (Togo), canoagem
Já conquistou um lugar na história do seu país ao conseguir a medalha de bronze, em Pequim (a primeira medalha de sempre para o Togo), no slalom de kayak para homens singles. Boukpeti, nascido em França e filho de togolês com uma francesa, pode não ser muito conhecido, mas foi o primeiro atleta negro a ganhar uma medalha numa competição de slalom.
Apesar de algumas lesões, esta sua terceira participação nuns Jogos Olímpicos poderá converter-se numa agradável surpresa.
Kirsty Coventry (Zimbabué), natação
Conhecida no seu país como "a nossa menina de ouro", Kirsty Coventry é a recordista mundial dos 200 metros costas e no seu palmarés conta com duas medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze, nas últimas duas edições dos Jogos.
Considerada a Nadadora Africana do Ano por cinco vezes, Coventry, de 28 anos, é um verdadeiro tesouro nacional para os seus compatriotas.
Sifiso Nhlapo (South Africa), ciclista BMX
O representante sul-adfricano da modalidade já está habituada às medalhas - de prata e bronze - em campeonatos mundiais, num total de nove participações.
Uma queta falat, em Pequim, na estreia da modalidade nos Jogos, impediu-o de lutar por uma medalha. Mesmo assim conseguiu chegar às finais.
Aya Medany (Egipto), pentatlo moderno
Depois de com apenas 15 anos se ter estreiado nos JO de Atenas, em 2004, Aya é hoje uma das maiores estrelas do desporto do seu país. Isto numa modalidade das mais exigentes e que junta corrida, natação, hipismo, salto e tiro.
Tudo isto obedecendo à religião muçulmana que a obriga a cobrir o corpo, e que faz dela a única atleta da modalidade a competir com uma hijab.
Já vai nos seus terceiros Jogos Olímpicos e o objectivo é melhor o oitavo lugar conseguido em Pequim.
Caster Semenya (South Africa), 800m atletismo
Depois da impressoinante performance nos Campeonatos Mundiais de Berlim, em 2009, a controvérsia sobre o seu verdadeiro sexo fez correr muita tinta nos jornais e alimentou algumas especulações.
Nestes primeiros Jogos em que participa o objectivo é bater o record mundial feminino nos 800 m, o mais longo da história da modalidade, que dura desde 1983. Para isso conta com uma treinadora de peso: nada mais nada menos do que a recordista olímpica e mundial, moçambicana Maria Mutola.
Tirunesh Dibaba (Ethiopia) 5,000m and 10,000m atletismo
Considerada como tendo uma das maiores pontas finais em provas de fundo, Dibaba vai defender a sua condição de campeã olímpica, nas duas distâncias.
Apesar de algumas lesões que a levaram a desistir nalgumas provas, o seu bom momento de forma poderá surpreender.
Para a BBC Africa, a sua disputa com a compatriota Meseret Defar e a queniana Vivian Cheruiyot deverão consituir um dos momentos mais altos dos JO de Londres de 2012.
Amantle Montsho (Botswana), 400m atletismo
É uma favorita ao ouro. Esta campeã mundial, africana e da Commowealth estará à procura de trazer a primeira medalha para o seu país, nesta sua terceira participação na prova máxima.
Em Atenas ficou muito aquém. Em Pequim chegou às finais. Mas em Londres todos acham que o ouro será dela, finalmente.
Mary Keitany (Kenya), maratona
Há três anos sagrou-se campeã da da Meia Maratona dos Campeonatos do Mundo. Não só ganhou como bateu o record da prova. No seu palmarés tem ainda dois terceiros lugares em Nova Iorque e uma vitória em Londres, conseguindo o quarto melhor tempo da história.
É mais do que uma candidata ao ouro em Londres 2012.
David Rudisha (Kenya), 800m atletismo
O domínio mundial da distância é dele nos últimos dois anos. Só para se ter uma ideia do que falamos, em Agosto de 2010, e em apenas uma semana, bateu o recorde mundial por duas vezes, e levou o ouro nos campeonatos Mundiais da Coreia do Sul.
Se a infelicidade de uma lesão deixou-o de fora de Pequim, o queniano espera fazer 'estragos' nesta sua primeira participação.
A inspirá-lo estará a medalha de prata conseguido por seu pai, Daniel Rudisha, na Cidade do México, em 1968.
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