A judoca Bárbara Timo disse hoje ter sido muito dura a eliminação nos -63 kg dos Jogos Olímpicos Paris2024, admitindo que vai ser muito difícil voltar a vestir o quimono e pensar em Los Angeles2028.
“Não sei. Primeiro eu acho que essa tristeza para passar… vão ser muitos dias. E, depois, tem a vontade de colocar o quimono de novo... Eu sei que vai demorar”, admitiu Timo, após a derrota com a sul-coreana Jisu Kim, por ippon, no primeiro combate.
Visivelmente emocionada e com lágrimas nos olhos, Bárbara Timo lembrou que esta “é uma vida de sacrifício, é uma vida de viagens, de estar longe da família, de lesões, de incertezas”.
“A partir do momento em que eu colocar na cabeça que eu quero ir a Los Angeles [2028], eu aviso. Mas por enquanto eu preciso só de um tempo e um espaço, porque foi muito duro chegar até aqui e é muito triste terminar assim”, assumiu.
Nos seus segundos Jogos Olímpicos, Bárbara Timo confessou ser “muito duro” perder assim pela forma como se preparou, pois “foi muito trabalho, muitas dúvidas, alguns momentos” em que achou que “seria possível”.
“Mas vim aqui confiante, sei que nos Jogos Olímpicos tudo é possível e vim acreditando que eu ia criar as minhas possibilidades. Só que o judo é isso, o que tem de belo tem de ingrato, o que me faz ter esperança que eu posso ganhar e me fez ter confiança em conseguir grandes resultados já anteriormente também faz com que do outro lado eu perca desse jeito, porque todos somos iguais ali dentro do tapete”, notou.
Sobre o combate, disse que estava “tudo bem até ter sido imobilizada”, num “combate duro”, em que não “se sentia nada cansada”.
A judoca lusa, que perdeu por imobilização (osaekomi) a poucos segundos do final, sai dos seus segundos Jogos Olímpicos com pior desempenho do que em Tóquio2020, quando competia em -70 kg e realizou dois combates.
Sobre a presença de Telma Monteiro, convidada pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), Timo diz que “é muito boa”.
“Todos os dias ela entra na minha cabeça também para o lado positivo”, concluiu.
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