O primeiro-ministro britânico, David Cameron, concordou esta quinta-feira com uma homenagem aos 11 atletas israelitas mortos num ataque durante os Jogos Olímpicos de 1972, mas não durante a cerimónia de abertura de sexta-feira.
As viúvas de Andrei Spitzer e Yosef Romano, dois dos 11 membros da delegação israelita assassinados nos Jogos Olímpicos de Munique, tinham entregue uma petição ao Comité Olímpico Internacional (COI) a pedir um minuto de silêncio.
Mas hoje Cameron apoiou a decisão de recusa do COI, alegando que «o mais importante» é comemorar o evento «de forma apropriada».
«Eu penso que é importante lembrarmos o que aconteceu em 1972 e a perda de vida e as ações horríveis que foram feitas», afirmou, durante uma conferência de imprensa no parque olímpico, em Stratford, no leste de Londres.
Porém, prometeu, o aniversário será assinalado «de forma apropriada com uma celebração especial», que terá lugar a 06 de agosto, 10 dias depois do início dos Jogos Olímpicos de Londres.
«Todos os dias destes Jogos estaremos a demonstrar que não há cidade mais diversa, mais aberta, mais tolerante no mundo do que esta», frisou Cameron.
Devido à recusa do COI, Ankie Spitzer e Ilana Romano pediram aos espetadores que estejam presentes na cerimónia de abertura de Londres2012 para cumprirem um protesto silencioso.
Uma outra cerimónia de homenagem a 05 de setembro, na data em que se completarão 40 anos desde o acontecimento, está prevista acontecer em Fuerstenfeldbruck, localidade onde se deu o fim ataque.
Foi na base aérea que ali existia que um resgate falhado pelas forças alemãs resultou na morte de nove dos reféns restantes e de cinco terroristas, que pretendiam fugir de helicóptero para um país árabe.
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