Ni Huizhong, que até há pouco tempo dirigia o gabinete de desportos de inverno do país, "é suspeito de graves violações da disciplina e da lei", declarou a Administração Geral do Desporto, utilizando uma expressão comum para se referir à acusação de corrupção.

Ni, de 54 anos, foi secretário-geral da delegação chinesa aos Jogos Olímpicos de Inverno do ano passado, que se realizaram em Pequim.

É um dos vários dirigentes desportivos cuja conduta tem sido alvo de escrutínio nos últimos meses, numa altura em que o Partido Comunista no poder promove uma campanha anticorrupção no desporto.

O procurador-geral da China declarou este mês que o antigo selecionador nacional de futebol Li Tie foi acusado de crimes de corrupção.

Li, antigo futebolista, é um dos vários dirigentes de futebol investigados por corrupção desde novembro.

Em junho, o organismo nacional de bilhar da China impôs uma proibição vitalícia a dois jogadores implicados em jogos combinados.

Desde a chegada ao poder, há dez anos, o Presidente chinês, Xi Jinping, tem desenvolvido uma campanha contra a corrupção.

Os seus apoiantes afirmam que a campanha ajuda a garantir a boa governação, mas os seus críticos veem-na mais como um pretexto para purgar os rivais políticos.