O Comité Olímpico de Portugal (COP) fez hoje um “balanço muito positivo” da participação portuguesa nos 19.º Jogos do Mediterrâneo, na cidade argelina de Oran2022, em que o país conquistou 25 medalhas, sete de ouro.

“Apesar das circunstâncias adversas, conseguimos unir-nos e ser mais fortes do que aquilo que muitas vezes se pensa sobre o desporto português. O balanço de participação desportiva é muito positivo, 25 medalhas é um número fantástico para uma equipa que é significativamente mais pequena do que tivemos em Tarragona2018”, explicou aos jornalistas a chefe de missão.

Catarina Monteiro falava após o último jogo da missão, uma derrota por 26-22 da seleção feminina de andebol no jogo pelo bronze, no último dia em Oran2022.

A missão enfrentou “alguns constrangimentos diários” e algumas adversidades que acabaram por ir sendo superadas, mesmo que fossem “muito superiores às previstas”, e os atletas puderam conseguir “resultados fabulosos”.

Uma missão jovem, que mostra “uma evolução muito positiva” ao longo dos anos, permite alcançar “o sentido de dever cumprido”, entre “muita qualidade desportiva e comportamento social exemplar”.

Portugal conseguiu 25 medalhas, sete de ouro, 10 de prata e oito de bronze, em Oran2022, superando por uma o pecúlio da estreia, em Tarragona2018, tanto em quantidade (então tinham sido 24) como em qualidade.

De 221 atletas, a missão passou para 159 desta feita, conseguindo o nono lugar do medalheiro com os pódios em seis modalidades: a natação (nove), o atletismo (oito), o ténis de mesa (quatro), o ciclismo (duas), a ginástica (uma) e o tiro com armas de caça (uma).

De resto, destacou o diretor desportivo, Pedro Roque, foram também batidos cinco recordes nacionais e alcançados vários recordes pessoais e melhores marcas do ano, além de 10 quartos lugares e 17 quintos lugares, “classificações que, a este nível, são muito boas”.

Com “expectativas ainda por definir”, uma vez que até à chegada não eram conhecidas as ‘startlists’ e os convocados das outras nações, a missão do COP ancorou-se no valor próprio, com uma qualidade que faz com que os resultados “acabem por não surpreender muito”.

“A qualidade relativa acabou por se confirmar, percebemos que o nível estava muito elevado, e acabámos por trazer mais uma medalha do que tínhamos conquistado em Tarragona2018, mas também uma questão muito importante: trazemos mais ouros, mais pratas, do que tínhamos”, lembra.

A natação, por exemplo, “veio praticamente na máxima força”, tomando uma opção de abdicar dos Mundiais, em muitos casos, para aqui preparar o Europeu, em agosto, e encara “a competição com muita seriedade”, conseguindo nove medalhas e recordes nacionais, entre atletas olímpicos e jovens promessas, como Diogo Ribeiro, de 17 anos, e Camila Rebelo, de 19, o primeiro com ouro e prata e a segunda com dois ouros.

Em sentido inverso, o judo apostou em jovens que aqui se “bateram muito bem”, o andebol esteve próximo do pódio com muitas atletas adolescentes na convocatória e a inclusão de jovens com uma primeira experiência multidisciplinar internacional foi a tónica da participação.

“A quantidade de atletas mais jovens que chegaram aqui e subiram o nível para prestações de excelência. Citando alguns com medalhas, o Diogo Ribeiro, com 17 anos, a Camila Rebelo, com 19 anos, a Maria Inês Barros e a Daniela Campos, com 20 anos. Este é o futuro do desporto português e ele está a aparecer aqui”, afirma o diretor desportivo.

Assim, o sublinhado que fica “é da equipa”, porque “perante as dificuldades não houve o escudar-se atrás de problemas e dificuldades”, mas antes uma vontade de lutar “até ao último momento por melhores resultados”, e da juventude.

Rumo ao objetivo de aproximar o país “da média europeia” em termos de pódios em Jogos Olímpicos, fixada, para países entre os cinco e os 12 milhões de habitantes, nas 7,5 medalhas, esse caminho “de uma ou duas décadas” tem de ser feito “e acreditar que é possível”.

“Portugal tem condições para ter nível desportivo muito elevado. (...) Um aplauso é bastante merecido [para a missão em Oran2022]”, atira.

Ao todo, Portugal conquistou 25 medalhas, somando os ouros de Leandro Ramos, João Coelho, Cátia Azevedo, Diogo Ribeiro, Camila Rebelo (por duas vezes) e Rafael Reis, à prata de Ana Pinho Rodrigues, Maria Inês Barros, Ana Catarina Monteiro, Diogo Ribeiro, Miguel Nascimento, Daniela Campos, Jieni Shao, Lorène Bazolo, Liliana Cá e da equipa masculina de ténis de mesa, e os bronzes de Raquel Pereira, Rafaela Azevedo, Lorène Bazolo, Evelise Veiga, Filipa Martins, Tiago Pereira, João Geraldo e da equipa feminina do ténis de mesa.

Os Jogos do Mediterrâneo Oran2022 arrancaram em 25 de junho e terminam hoje, tendo contado com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.

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