O júri destacou as palavras do Presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, que considera que a Fundação e a Equipa Olímpica de Refugiados são "um símbolo de esperança para todos os refugiados em todo o mundo", que utilizam o desporto como uma via para a ajuda humanitária e a promoção do desporto.
A Fundação Olímpica de Refugiados foi criada pelo Comité Olímpico Internacional, em parceria com o ACNUR (Agência das Nações Unidas para os Refugiados), em 2017, com a intenção de apoiar a proteção e desenvolvimento dos atletas deslocados para além dos Jogos Olímpicos.
A Equipa Olímpica de Refugiados é uma delegação que participa nos Jogos Olímpicos composta por atletas que são refugiados como resultado de qualquer conflito a nível mundial.
Esta equipa competiu pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 2016, com 10 atletas da Etiópia, República Democrática do Congo, Síria e Sudão do Sul que participaram em provas de atletismo, judo e natação. Em Tóquio2020, a representação cresceu para 29 atletas.
Este foi o quarto dos oito Prémios Princesa das Astúrias que vão ser outorgados este ano, depois de o galardão para a Comunicação e Humanidades ter sido atribuído ao jornalista Adam Michnik, o das Artes à cantora Carmen Linares e à bailarina e coreógrafa María Pagés, e o das Ciências Sociais ao arqueólogo Eduardo Matos Moctezuma.
Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró – símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia.
O prémio para os Desportos foi atribuído em 2021 à nadadora Teresa Peralves, e em edições anteriores ao piloto de automóveis Carlos Sainz (2020), à esquiadora norte-americana Lindsey Vonn (2019), aos ‘All Blacks’, a seleção neozelandesa de râguebi (2017), a Iker Casillas e Xavi Hernández (2012), à seleção espanhola de futebol (2010), a Rafael Nadal (2008), a Michael Schumacher (2007), à seleção brasileira de futebol (2002), a Steffi Graf (1999) e a Carl Lewis (1996), entre outros.
Este galardão distingue "aqueles que, através da promoção, desenvolvimento e aperfeiçoamento do desporto e através da solidariedade e do empenho tornaram-se um exemplo das possibilidades que a prática do desporto pode oferecer em benefício dos seres humanos".
Em termos mais gerais, os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
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