“Falhei por dois lugares o meu objetivo, que era o ‘top-10’, mas é o meu melhor lugar nos Jogos Olímpicos, é a minha melhor participação e eu queria desfrutar, porque não sei se vou estar noutros Jogos Olímpicos”, disse.
Depois do 20.º lugar em Atenas2004 e do 15.º em Londres2012, a atleta do Clube de Natação de Rio Maior terminou a sua terceira presença olímpica no 12.º lugar.
“As condições foram difíceis. Inicialmente, como estava vento, até refrescava, mas depois o corpo ia aquecendo bastante. Iniciámos lentamente, eu sentia-me bem.
Quando elas, por volta dos 10, 12 quilómetros, aumentaram o ritmo, vi que já estava com algum esforço e já não podia ir, tentei-me resguardar e no final conquistar mais alguns lugares”, referiu.
O próximo objetivo de Inês Henriques é ser mãe e só depois, “ano a ano”, vai avaliar “como o corpo vai reagir” e se conseguirá chegar a Tóquio2020”, mas deixar a marcha não está nos planos.
“Eu quero ser a primeira mulher em Portugal a fazer 50 km marcha, por isso, ainda não vou ficar por aqui”, garantiu.
Apesar do calor e da humidade sentidos no Rio de Janeiro, esta não foi a corrida mais difícil da carreira de Inês Henriques, que lembrou o Mundial de 2015, quando chegou a pensar no final da carreira.
“A [corrida] mais difícil da minha vida foi no ano passado, em que pus em causa a minha continuidade como atleta. No campeonato do mundo, foi muito duro, estive muito tempo sem fazer nada porque eu queria voltar a ter prazer no que estava a fazer e não estava a conseguir”, afirmou.
Inês Henriques terminou na 12.ª posição os 20 km marcha dos Jogos Olímpicos Rio2016, ao terminar a sua prova em 1:31.28 horas.
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