O governo brasileiro autorizou hoje membros das Forças Armadas a reforçar os dispositivos de segurança dos Jogos Olímpicos de 2016, em áreas específicas como a proteção de infraestruturas, a defesa aérea ou o combate ao terrorismo.
As áreas em que os militares darão apoio aos responsáveis por garantir a segurança dos Jogos Olímpicos do Rio estão descritas num decreto do Ministério da Defesa, publicado hoje no Diário Oficial da União.
A medida prevê que a atuação de soldados do Exército na proteção de infraestruturas estratégicas como as linhas de energia, os sistemas de fornecimento de energia ou as estações de abastecimento de água.
Os militares também poderão ser usados em tarefas de fiscalização e controlo de explosivos, em operações defesa cibernética, na vigilância de aeroportos e portos e na escolta de autoridades de outros países e atletas que participem no Rio2016.
A sua participação está, igualmente, prevista em atividades militares, como a defesa aérea e marítima, o controlo do espaço aéreo e a prevenção e o combate a ameaças terroristas, químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.
De acordo com o decreto, os comandos da Marinha, do Exército e da Força Aérea vão atuar de forma integrada, como já o fizeram no Mundial ou na visita do papa Francisco.
O mesmo decreto também prevê a participação das Forças Armadas em outras atividades, como a preparação de atletas militares de alto rendimento que vão estar no Rio2016, o uso de aeroportos militares para o transporte de cargas, desportistas e autoridades e a cedência de instalações militares para treinos.
A atuação dos militares será coordenada pela Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grandes Eventos, uma entidade que conta com representantes da Presidência, dos ministérios da Justiça e da Defesa, a Política Federal e os organismos de segurança pública do Rio de Janeiro.
Segundo o assessor especial para grandes eventos do Ministério da Defesa, o general Jamil Megid Júnior, o Brasil pode destinar cerca de 20.000 militares exclusivamente para os Jogos do Rio, com a sua atuação a centrar-se no palco da competição, mas também em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador, cidades onde se vai jogar o torneio olímpico de futebol.
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