A triatleta portuguesa Melanie Santos lamentou hoje que a palavra “falhar” seja usada contra os atletas lusos que competiram nos Jogos Olímpicos Paris2024, visando quem só se lembra “de quatro em quatro anos que estes desportos existem”.

Na zona das chegadas do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Melanie Santos e Ricardo Batista não se fizeram acompanhar dos compatriotas Maria Tomé e Vasco Vilaça, com o último a desenvolver uma infeção gastrointestinal, tal como Melanie, mas esta com sintomas menos agudos, depois de terem disputado as provas de triatlo dos Jogos Paris2024.

“Palavra falhar é muito ingrata, porque qualquer um destes atletas que vai aos Jogos Olímpicos luta muito e somos nós os primeiros a querer mais. Há coisas a melhorar, sem dúvida”, começou por dizer Melanie Santos, aos jornalistas.

A 45.ª classificada na prova individual feminina de triatlo foi mais longe para quem considera que a prestação lusa foi um falhanço, depois de, juntamente com Batista, Tomé e Vilaça, ter obtido o quinto lugar na estafeta mista.

“Falhar, acho que é triste dizer isso, quando vocês só se lembram de quatro em quatro anos que realmente estes desportos existem quando há o investimento. Se houver esse apoio diariamente, acho que podem usar essa palavra. Quando só serve de quatro em quatro anos é muito ingrato para nós”, manifestou.

E concluiu: “Fizemos uma grande estafeta, uma prova incrível e trouxemos três diplomas para Portugal. É um dia de celebração para o triatlo português”.

Por sua vez, Ricardo Batista, sexto classificado na prova individual na estreia em Jogos Olímpicos, mostrou-se igualmente contente com a prestação, confessando que “era muito pedir um resultado melhor”.

“Foi uma prova excecional, muito contente com a minha primeira participação Olímpica. Muito feliz por me juntar a esta família e acho que era muito difícil pedir um resultado melhor”, expressou.

Nos próximos Jogos, que vão decorrer em Los Angeles, em 2028, o desejo é o de marcar presença e “trazer ainda mais alegrias do que este ano”.