A frustrada estreia de homens na prova de natação artística por equipas em Jogos Olímpicos, possível pela primeira vez em Paris2024, ditou prematuramente o fim da carreira do italiano tetracampeão mundial Giorgio Minisini, hoje anunciado.
“A obsessão é um jogo para jovens”, escreveu hoje Minisini, que ficou de fora da seleção olímpica italiana, na sua conta do Instagram.
Com o propósito de abrir a modalidade aos homens, em dezembro de 2022 a World Aquatics mudou as regras e permitiu a escolha de até dois elementos masculinos para a competição de equipas, que contemplam oito nadadores: a outra competição de medalhas na natação artística é disputada por duetos femininos.
Ainda assim, os 96 atletas que vão estar nas competições de equipas em Paris2024, a representar 18 países, são todas mulheres, frustração que levou ao fim da carreira de Minisini, aos 28 anos.
“A World Aquatics está muito desapontada porque nenhum nadador artístico masculino foi selecionado para Paris2024. Este deveria ter sido um momento marcante para este desporto”, assumiu o organismo.
A natação sincronizada foi introduzida no programa olímpico em Los Angeles1984.
Misini sagrou-se campeão do mundo em dueto técnico misto, em 2017 e 2022, em dueto livre misto, em 2022, e em solo livre, em 2024, competições que não fazem parte do programa olímpico, e falhou a seleção para integrar a seleção italiana.
“Todos nós, da comunidade da natação artística, precisamos trabalhar ainda mais para aumentar as oportunidades para os atletas masculinos neste desporto”, reforçou a World Aquatics, que espera adicionar um evento de dueto misto para os Jogos Olímpicos Los Angeles2028.
O norte-americano Bill May, atualmente com 45 anos e com várias medalhas nas principais competições internacionais, incluindo a prata e bronze na rotina acrobática por equipas dos dois últimos Mundiais, era outro dos homens apontados para a estreia olímpica nesta especialidade, contudo também não foi selecionado.
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