Rui Costa lamentou hoje ter sofrido um percalço na primeira subida a Montmartre, naqueles que foram os seus últimos Jogos Olímpicos, reconhecendo que acreditava que podia conquistar uma medalha em Paris2024 na prova de fundo do ciclismo de estrada.
“Não sei se foi furo ou perda de pressão, o que é certo é que impossibilitou-me de poder dirigir nas curvas, era impossível. Era um momento crucial da corrida, a corrida ia lançada. Quando aconteceu isso, já sabia que seria impossível regressar ao grupo. O carro também tardou muito a chegar”, revelou o campeão mundial de fundo de 2013.
Hoje, Rui Costa, também olímpico em Londres2012 (13.º) e Rio2016 (10.º), foi 46.º, a 07.23 minutos do vencedor, o belga Remco Evenepoel, após uma jornada de azares.
“Posso dizer que a entrada no percurso não foi muito boa. Nos paralelos também perdi o bidão, andei uma volta sem me hidratar. E pronto, depois realmente as coisas acabaram de complicar quando tive o furo. Foi o perder da prova”, analisou.
O poveiro de 37 anos admitiu que custa mais perder a hipótese de lutar por um sonho devido a azares.
“Sem dúvida. Quando se treina, quando se dedica, quando o foco principal é os Jogos e eram os meus últimos Jogos, realmente queria fazer bem… Sentia-me bem, sabia que era tudo uma questão de colocação no circuito, as forças eram muito parecidas, tirando o Remco que estava fortíssimo, mas pronto”, lamentou.
Costa confessou aos jornalistas, na zona mista em Trocadéro, onde começaram e acabaram os 273 quilómetros da prova de fundo, que sonhava com uma medalha em Paris2024.
“Eu acho que, no fundo, vir para aqui e não acreditar, acho que não fazia sentido. Então, eu acreditava que podia fazer um bom lugar. Claro que a medalha era um sonho, mas não foi possível”, concluiu.
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