No aeroporto de Lisboa, onde esperavam familiares e amigos, Yolanda Sequeira chegou após a conquista do quinto lugar e de um diploma olímpico na prova feminina de surf, enquanto Teresa Bonvalot terminou a competição no nono lugar da tabela.
“Falei com o Owen Wright, que ganhou a medalha de bronze e já ganhou circuitos mundiais, e ele disse que é uma experiência mesmo inacreditável, que não tinha sentido nada assim em 10 anos. Acho que foi uma evolução para o nosso desporto entrar nos Jogos Olímpicos. Estamos a ir numa boa direção”, disse Yolanda Sequeira.
A algarvia, de 23 anos, foi eliminada nos quartos de final pela sul-africana Bianca Buitendag, que conquistou a medalha de prata, na praia de Tsurigasaki, em Chiba, ao somar 5,46 pontos (3,93 e 1,53) no primeiro ‘heat’ da eliminatória, que se revelaram insuficientes face aos 9,5 (6 e 3,5) da adversária, num mar com condições complicadas.
“Estive ali tão perto. Sou muito competitiva, então ficar ali mesmo à beirinha da medalha foi um bocadinho frustrante, mas foi muito divertido, uma experiência inacreditável. Só me quero preparar para 2024”, apontou, olhando já para Paris.
O mesmo foco tem Teresa Bonvalot, que, aos 22 anos, se sente “mais do que preparada e motivada” para encarar a próxima edição dos Jogos Olímpicos, com o maior número de vagas possível conquistadas por surfistas portugueses, numa modalidade que já tem assegurada a continuidade para Paris2024 e Los Angeles2028.
“Até há uns anos, a única ambição era entrar no circuito mundial e ser um dia campeã do mundo. Com isto dos Jogos Olímpicos, entrámos num patamar totalmente diferente. Estávamos lá a vibrar e a querer mesmo levantar a nossa bandeira ao mais alto nível. Isso viu-se em qualquer atleta, que não era um campeonato ou evento qualquer, mas sim o maior evento desportivo do mundo”, sublinhou Teresa Bonvalot.
Com “o maior orgulho” em pertencer a uma modalidade “que está a crescer imenso e com tanto potencial”, a surfista de Cascais reforçou o sentimento único por poder estar num “momento histórico e super marcante”, apesar da eliminação na terceira ronda, perante a brasileira Silvana Lima, vice-campeã do mundo em 2008 e 2009.
“Poder estar nos Jogos Olímpicos não é para qualquer atleta. Já só irmos era um histórico super marcante para Portugal, com duas mulheres. Não podia estar mais contente por fazer parte da história com as outras 19 atletas. Claro que qualquer atleta vai para lá a ambicionar mais, mas as competições acabam por ser assim”, frisou.
A norte-americana Carissa Moore arrebatou a medalha de ouro na prova feminina de surf, superando na final a sul-africana Bianca Buitendag, que ficou com a prata, enquanto a japonesa Amuro Tsuzuki terminou em terceiro e ficou com o ‘bronze’.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 tiveram início na sexta-feira e decorrem até ao dia 08 de agosto, depois do adiamento em um ano devido à pandemia de covid-19.
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