A atleta portuguesa Ana Cabecinha terminou, esta sexta-feira, os 20 quilómetros marcha na 20.ª posição. A marchista lusa chegou com 4.56 de atraso para a italiana Antonella Palmisano que foi a grande vencedora, com 1:29:12. A colombiana Sandra Arenas foi a segunda classificada e a chinesa Liu Hong, campeão olímpica no Rio de Janeiro, fechou o pódio. A marchadora natural de Beja, concluiu a prova com o tempo de 01:34.08 horas.
Destaque para o drama a envolver a brasileira Erica Sena que perdeu o pódio ao ser chamada à caixa de penalização já na parte final da prova. A penalização acabou por resultar num 11.º lugar na classificação.
Depois de João Vieira ter terminado no 5.º lugar na prova dos 20km marcha, algumas horas mais tarde foi a vez de Ana Cabecinha entrar em prova. Em Sapporo, a cerca de 800 quilómetros de Tóquio, a atleta portuguesa conseguiu quedar-se nos 20 primeiros, depois de um bom início de prova, mas em que acabou por claudicar na segunda metade da prova.
A atleta de 37 anos conseguiu estar próximo do grupo da frente nos primeiros 10km, altura em que foi perdendo várias posições. Trata-se da pior posição de Ana Cabecinha em Jogos Olímpicos depois da sexta posição no Rio2016, depois do sétimo lugar em Londres2012 e do oitavo em Pequim2008.
No final da prova, a atleta admitiu que não era o resultado que queria, mas frisou que deu tudo, revelando que a condição psicológica não ajudou. "Não foi para este o resultado que eu treinei. Tive um ano muito complicado, Covid-19 em janeiro, a morte do meu pai em abril. Chegar aqui e gerir as emoções foi complicado. Foi difícil ter cabeça para vir cá, ponderei não continuar, mas tinha que chegar ao fim para dedicar [a prova] ao meu pai", começou por dizer em declarações à RTP.
"Foi para isso que eu aguentei estes meses, o que interessa é que cruzei a linha de meta, conclui os quartos Jogos Olímpicos. Foi muito duro psicologicamente, estou bem fisicamente. Não era o resultado que eu queria, dei tudo de mim para chegar ao fim", acrescentou.
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