O Comité Olímpico da Coreia do Sul anunciou hoje que retirou da Aldeia Olímpica os cartazes que aludiam à guerra entre aquele país e o Japão, país organizador dos Jogos Olímpicos, após o Comité Olímpico Internacional os considerar provocatórios.
Os cartazes agora retirados pela delegação da Coreia do Sul estavam pendurados nas varandas dos quartos dos atletas sul-coreanos na Aldeia Olímpica e, em conjunto, continham a mensagem “Ainda tenho o apoio de 50 milhões de coreanos”, numa alusão à frase “Ainda tenho 12 navios”, proferida por um almirante coreano antes de conseguir uma vitória crucial frente à frota nipónica durante as invasões japonesas àquela península no século XVI.
O Comité Olímpico sul-coreano revelou que o Comité Olímpico Internacional (COI) considerou que os cartazes evocavam imagens de guerra e iam contra as regras olímpicas, que impedem qualquer tipo de “propaganda política, religiosa ou racial” nos recintos olímpicos.
Ao concordar retirar os cartazes, o organismo sul-coreano recebeu a promessa por parte do COI de que a exibição da bandeira japonesa sol nascente será proibida nos recintos olímpicos.
A bandeira, uma das oficiais do Japão, tem um disco solar com 16 raios vermelhos e foi usada historicamente pelas Forças Armadas japonesas, particularmente a Marinha.
Em 2019, a Coreia do Sul tinha solicitado formalmente ao COI a proibição da bandeira do sol nascente durante Tóquio2020, comparando-a à suástica nazi, uma pretensão recusada então pelo Comité Organizador dos Jogos, que alegou que a bandeira era amplamente usada no país e não tinha conotação política.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este ano devido à pandemia de covid-19, realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto.
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