Petro de Luanda e 1º de Agosto protagonizam às 16 horas deste domingo o jogo da final da Taça das Taças Africanas de andebol sénior feminino, que decorre na cidade egípcia do Cairo, totalizando na quadra uma dezena de títulos consecutivos.

A hegemonia destas duas equipas iniciou em 2008 com o Petro de Luanda a conquistar o evento consecutivamente até 2014, seguindo-se a era do 1º de Agosto que venceu de 2015 a 2017.

Para chegarem à final, o Petro de Luanda venceu sábado, na primeira meia-final desta 34ª edição, o Abo Sport do Congo Brazzaville, por 31-19. Na outra meia-final o 1º de Agosto superou o FAP dos Camarões, por 26-17.

Que o andebol angolano é o melhor de África disto não restam dúvidas se a reflexão se estender aos 19 títulos do Petro e aos quatro do 1º de Agosto na Liga de Clubes Campeões de África. Já o mesmo não se pode dizer quanto ao desfecho da partida de mais tarde.

A “rivalidade” entre as oponentes muitas vezes transcende o valor competitivo resultando daí a transfiguração das atletas em campo tornando-as imprevisíveis.

Vem de longe a “luta” de quem é melhor. Apesar de também a nível interno as “tricolores” não deixarem dúvidas disto mesmo, com 23 troféus nacionais conquistados contra somente seis do opositor, no campo tais números não têm contado, ao menos nas últimas épocas no universo nacional e continental.

Os “condimentos” para o confronto se estendem até no capítulo da contratação, onde determinadas atletas optam pelo lado contrário e vice-versa.

São exemplos disto a central Aznaide Carlos e a ponta direita Lurdes Monteiro (do 1º de Agosto para o Petro), a ponta Natália Bernardo, a universal Luisa Quiala e a guarda-redes Silvia Mulabo (do Petro para o 1º de Agosto).

Nos bancos, a “rivalidade” não é de menos. Pelas Petrolíferas Vivaldo Eduardo é, sem dúvidas, o motor da equipa, sendo o responsável por grande parte dos títulos. Do outro lado, está o dinamarquês Morten Soubak, que também é o selecionador nacional, curiosamente, cargo ocupado pelo primeiro durante muitos anos.