Os irmãos Martim e Francisco Costa, dois jogadores da emergente nova vaga do andebol nacional, são as mais recentes armas do selecionador Paulo Pereira para alcançar no Mundial 2023 o objetivo de superar o histórico 10.º lugar de 2021.

“Queremos fazer mais do que isso e vamos trabalhar para surpreender”, disse à Lusa Martim Costa, de 20 anos, considerando que a seleção portuguesa “pode ir longe na prova”, que decorre de quarta-feira até 29 de janeiro, na Suécia e na Polónia.

Martim Costa acredita que todos os jogos que Portugal vai disputar no Grupo D, na cidade sueca de Kristianstad, com Islândia (quinta-feira), Coreia do Sul (sábado) e Hungria (16 jun) “são importantes” e decisivos para passar à fase seguinte (‘main round’).

“Temos de ganhar os três jogos se quisermos ir longe na competição”, disse o lateral esquerdo, referindo-se ao facto de os três primeiros classificados do grupo avançarem para a ‘main round’ com os pontos amealhados nos jogos disputados entre si.

Para Martim Costa, a Islândia, que há cerca de um ano venceu Portugal no dececionante Euro2022 (28-24), “é a equipa supostamente mais forte”, ressalvando, no entanto, que a seleção lusa tem “mostrado qualidade para vencer todos os adversários”.

“Temos equipa para ganhar à Islândia, Hungria e Coreia do Sul, se fizermos o nosso trabalho”, admitiu o lateral, que também atua a central, destacando a qualidade do grupo presente no Mundial, “com bons jogadores para todas as posições”.

A integração dos novos valores emergentes no andebol português trouxe à seleção portuguesa alguma irreverência ao nível do jogo, aliada à experiência dos jogadores mais velhos, bem como permitiu aumentar a competitividade no grupo.

“Temos uma competitividade muito saudável no grupo. Toda a gente se dá muito bem e o que importa é a seleção e quem estiver melhor é que tem que jogar”, explicou Martim Costa.

A variedade de opções com qualidade para cada posição, ainda de acordo com o lateral, “é algo que pode ser útil a Portugal numa prova longa como o Mundial, com muitos jogos em poucos dias”.

“É muito bom para a saúde do grupo e também para os jogos que temos no Mundial. Temos a equipa fresca e com jogadores com qualidade”, disse Martim Costa, relativizando a falta de experiência de alguns elementos.

O jogador considera que a falta de experiência de alguns jogadores, como é o caso dele e do irmão Francisco, que são estreantes em fases finais de campeonatos do mundo, é compensada pela qualidade.

Francisco Costa, irmão de Martim Costa, admite que sente “algum nervosismo” com a estreia na fase final do Mundial, mas espera “dar tudo” o que tem para poder ajudar a seleção a concretizar o objetivo de superar o 10.º lugar de 2021.

“Para um miúdo de 17 anos estar a jogar um Mundial, claro que sente um bocado de pressão, mas também um orgulho enorme por representar o seu país ao mais alto nível”, argumentou Francisco Costa.

O jovem lateral direito vai contar com a ajuda do irmão Martim, igualmente estreante em fases finais de Mundiais, para superar algum nervosismo que possa sentir, bem como de todos os restantes colegas de equipa mais experientes.

“Quando chegar à Suécia e vir os pavilhões cheios, a cantar o hino, claro que a pressão vai ser maior, mas vou tentar abstrair-me disso tudo e concentrar-me no que temos de fazer para ganhar os jogos e seguir em frente”, considerou.

Francisco Costa, eleito em dezembro de 2022 o melhor jovem lateral direito do mundo, afasta a pressão de ser o ‘joker’ do treinador Paulo Pereira para o Mundial, e refere que no seu pensamento está apenas “ajudar a seleção nacional”.

“Não penso muito nessa pressão. Penso em ajudar e acho que isso é o mais importante”, disse Francisco Costa, que compara a participação no Mundial, salvaguardando as devidas diferenças de dimensão, à final do Campeonato da Europa de sub-20 em que participou.

O benjamim da seleção, já com larga experiência na formação principal do Sporting, reconhece que Portugal “vai defrontar equipas fortes, com qualidade, e para lhes vencer terá que aplicar os seus pontos fortes”.

“Queremos entrar bem no primeiro jogo com a Islândia, que é muito importante, porque entrar no Mundial com três pontos é muito bom. Vamos dar tudo o que temos”, disse Francisco Costa.

Portugal integra o Grupo D da fase preliminar do Mundial, a decorrer em Kristianstad, na Suécia, com as seleções da Islândia, Hungria e Coreia do Sul. Passam à fase principal as três seleções mais bem classificadas.

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