O selecionador nacional de andebol, Paulo Jorge Pereira, prometeu hoje na Nazaré, no dia em que renovou contrato até 2023, que Portugal vai lutar pelas medalhas nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

“As nossas expectativas são poder passar a fase de grupos e, depois, vamos ter de jogar para as medalhas. O que se vai fazer aos Jogos Olímpicos é jogar para as medalhas”, disse, taxativo, Paulo Jorge Pereira, após renovar contrato com a Federação de Andebol de Portugal (FAP).

No arranque de um primeiro estágio de preparação para Tóquio2020, o selecionador antecipou na Nazaré cinco jogos de “elevada dificuldade” na primeira fase de uns Jogos onde Portugal está num “grupo interessantíssimo”.

“O primeiro jogo é o mais importante de todos, contra o Egito”, considera o técnico, lembrando que, depois, a equipa nacional tem de defrontar “os finalistas do último mundial [Dinamarca e Suécia]” e acaba com o Japão, “a equipa organizadora”.

“O Bahrein é a equipa que teoricamente poderá ser mais acessível, mas se não jogarmos bem até com Bahrein podemos perder. Em qualquer um desses cinco jogos, podemos ganhar e em qualquer um deles podemos perder. Se formos competentes vamos conseguir passar à fase seguinte”, frisou.

A confiança entre a comitiva nacional é alta e até o presidente da FAP, Miguel Laranjeiro, só conta juntar-se à equipa em Tóquio após a fase inicial.

“Vou a Tóquio, mas, como confio na prestação da seleção nacional, vou só estar presente nos quartos de final. E a partir daí vir [para Portugal] só no fim... Espero que seja longo”, disse o dirigente.

Na cerimónia de assinatura do novo contrato com Paulo Jorge Pereira, Miguel Laranjeiro lembrou o trajeto recente de sucesso da equipa A, como “um exemplo e um espelho de sucesso” que permitiu até antecipar o objetivo da presença olímpica, estipulado para 2024.

“Houve uma antecipação do período olímpico, o que naturalmente é um grande sucesso para o andebol, para a equipa técnica e para os atletas e, sobretudo, um grande sucesso para o país”, disse o presidente da FAP, recordando que pela primeira vez Portugal estará representado numa modalidade coletiva de pavilhão.

A esse feito juntam-se as prestações no Europeu de 2020, no Mundial de 2021 e o apuramento para o Europeu de 2022, cumprindo a desejada “consolidação da seleção nas fases finais das grandes competições”, algo “absolutamente crítico para o sucesso da seleção e também para o sucesso da imagem do andebol”.

O papel de Paulo Jorge Pereira e da equipa técnica nacional foi elogiado pelo líder federativo que, no ato de renovação de contrato, desejou “alargar esse espírito [da equipa A] às várias seleções”.

“É com grande gosto e até orgulho que renovamos o nosso compromisso”, frisou Miguel Laranjeiro, assumindo que o desafio agora traçado é “manter este nível”.

Paulo Jorge Pereira reconheceu ter tido “vários convites” para orientar outras equipas, mas afirmou que este “não é o momento para deixar a seleção”, sobretudo quando a formação das ‘quinas’ vai participar “nos Jogos Olímpicos”.

“Quando decidimos trabalhar como profissionais, temos de estar abertos a todo o tipo de propostas”, lembrou, frisando: “Imaginem quantos treinadores gostariam de estar aqui sentados... Para mim é um orgulho continuar a fazer o que estou a fazer”.