O judoca João Crisóstomo, medalha de bronze nos Europeus de Lisboa, ainda em -66 kg, despediu-se hoje da competição em Sófia com um sentimento de injustiça, depois de o árbitro considerar um ataque do adversário.
“Quem provocou a ação fui eu, foi uma técnica de sacrifício, uma técnica que usei como recurso, estava com as duas pegas, ele estava muito recuado, muito defensivo atrás, eu tinha que criar ali uma situação de ataque”, começou por explicar.
Basile, que foi campeão olímpico em -66 kg em 2016 e que tal como João Crisóstomo subiu de categoria (-73 kg), mas há mais tempo, acabou por vencer o português já no prolongamento (golden score), aos 30 segundos, num total de combate de 04.30 minutos.
“O problema foi que fiz a ação, meti-me no meio das pernas dele, e tentei fazer, e ele tocou no fim, mas eu já tinha feito a ação, já estava com as costas no chão, não foi da ação dele”, acrescentou o judoca português.
Uma decisão que Crisóstomo não deixou de considerar injusta, mas disse aceitar, num Europeu em que os objetivos eram mais ambiciosos, mas em que, ainda assim, sentiu bons sensações no combate que fez.
O judoca, que esteve parado quatro meses, devido a lesão, espera poder competir com maior regularidade, mesmo admitindo um ‘recuo’ até às competições de Open, de menor nível, para ganhar ritmo e maior consistência para as grandes provas.
Nesses palcos, em que haverá os Grand Slam de Ulan Bator e de Budapeste, o judoca quer começar a pontuar, o que lhe permitiria subir no ‘ranking’ de -73 kg, em que é 217.º, e pensar na ida aos mundiais do Uzbequistão.
“O grande objetivo é essa prova [Open Europeu de Madrid] e depois ir ao Grand Slam da Mongólia ou de Budapeste, para tentar ganhar os pontos suficientes para ir ao Mundial, neste momento só vão os 100 primeiros ao Mundial”, justificou.
Portugal, que conquistou na sexta-feira uma medalha de prata, por Catarina Costa (-48 kg), ainda terá em ação nestes Europeus, Jorge Fonseca (-100 kg), Anri Egutidze (-90 kg) e Patrícia Sampaio (-78 kg), que competem no domingo.
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