O presidente da Federação Portuguesa de Judo (FPJ), Jorge Fernandes, considera que as expectativas de Portugal para os Mundiais da modalidade são as “mesmas de sempre”, a disputa de medalhas, apesar de contar com menos judocas em Tashkent.
“As expectativas são as mesmas que tivemos nos dois últimos campeonatos, isto é: termos atletas a disputar medalhas”, disse Jorge Fernandes em declarações à agência Lusa e quando Portugal entra na quinta-feira na competição.
A seleção portuguesa em Tashkent é constituída por Catarina Costa (-48 kg), Joana Diogo (-52 kg), Bárbara Timo (-63 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Rodrigo Lopes (-60 kg), João Fernando (-81 kg), Anri Egutidze (-81 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).
Foi já durante o mandato de Jorge Fernandes à frente do organismo que a seleção alcançou os melhores resultados de sempre, nomeadamente em Tóquio2019 e Budapeste2021, edições em que Jorge Fonseca foi campeão mundial, Bárbara Timo medalha de prata e Anri Egutidze de bronze.
“Estamos sempre na expectativa, os atletas já mostraram que conseguem chegar lá”, acrescentou o dirigente.
Na competição que decorrerá em Tashkent, no Uzbequistão, entre quinta-feira e 13 de outubro, Telma Monteiro (-57 kg), quatro vezes vice-campeã mundial, Patrícia Sampaio (-78 kg), quinta cclassificada em 2019, e Francisco Mendes (-60 kg), que faria a estreia, são os grandes ausentes, devido a lesão.
“Tivemos o azar da Telma Monteiro, que foi operada ao menisco, não pode ir, é uma baixa para o campeonato do mundo, o Francisco Mendes também é uma baixa, estava em boa forma, e também estávamos com algumas expectativas em relação a ele. E a Patrícia está a recuperar ainda de uma lesão no ombro, de maneira que a seleção parte com oito atletas e tem três baixas bastante importantes e significativas, de atletas que, teoricamente, podiam disputar medalhar”, assinalou Jorge Fernandes.
Em Tashkent, Portugal terá uma delegação menor do que nas últimas duas edições, com apenas oito judocas em comparação com os ‘números’ de Tóquio2019, um recorde de 18 atletas – o máximo permitido -, ou Budapeste2021, de 13.
“Temos o caso de, pela primeira vez, só podem participar atletas dentro dos 100 do ranking mundial. Nós até podíamos ter atletas que poderíamos considerar que tinham mínimos, mas com este novo critério, de não estarem dentro dos 100 primeiros, não puderam ir”, explicou Jorge Fernandes.
O dirigente não seguiu viagem para Taskent, justificando a ausência com a necessidade de preparar a Assembleia Geral da FPJ de 16 de outubro, de orçamento e planeamento de atividades de 2023, optando ainda por marcar presença no Campeonato nacional de equipas juvenis e juniores, no Pinhal Novo, em 15 de outubro.
Os Mundiais de seniores em Tashkent são o primeiro grande evento após a 'crise' de verão vivida na modalidade, quando um grupo de judocas, entre os quais Telma Monteiro, contestou a presidência de Jorge Fernandes, obrigando a uma 'mediação' do Comité Olímpico de Portugal (COP) e da secretaria de Estado da Juventude e do Desporto.
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