O lutador Pedro Carvalho mostrou-se convicto da conquista do título mundial de artes marciais mistas (MMA), na categoria de peso-pena do circuito Bellator, após derrotar o brasileiro Patrício Freire, na "luta mais importante da carreira".

O atleta, de 24 anos, apurou-se para os quartos de final do Grande Prémio Mundial Bellator após ter vencido por ‘submissão' o norte-americano Sam Sicilia, em San Jose, no estado da Califórnia (Estados Unidos), no dia 07 de setembro de 2019, mas pode já sagrar-se campeão, por enfrentar o detentor do título, em 13 de março, na arena Mohegan Sun, em Uncasville (Connecticut, Estados Unidos).

"Não só pelo nome que é, mas também pelo título do mundo que está em jogo, sem dúvida que, até à data, está é a luta mais importante da minha carreira. Mas é apenas mais uma luta. Após eu ganhar o combate, irei fazer história. Eu sei disso, mas treino para muito mais do que isso", disse em entrevista à agência Lusa, na pausa de um treino decorrido num espaço da antiga fábrica Asa, em Guimarães.

A residir na Irlanda desde 2017, o lutador vimaranense venceu os quatro combates que disputou desde a entrada no Bellator, em 2018, e acabou escolhido para o combate por Patrício Freire, lutador que venceu 30 das 34 lutas realizadas no circuito desde 2010 e que tem esse direito enquanto campeão mundial no peso inferior a 65,8 quilos desde abril de 2017.

Aquando do sorteio dos quartos de final, em 29 de setembro, o brasileiro, de 32 anos, apelidado de ‘pitbull' no meio, disse que o português é um "lutador duro" e que, por isso, o escolheu para defender o título, mas Pedro Carvalho respondeu que Patrício Freire, mesmo sendo "um dos melhores de sempre" no circuito, nunca enfrentou alguém como ele.

Questionado sobre a influência desses ‘jogos psicológicos' no desempenho apresentado, o atleta luso realçou que o teor das declarações na antevisão aos combates "varia de atleta para atleta", não existindo "nenhum tipo de mau sentimento" entre ele e Freire, mas assumiu que o fator mental é aquele que mais influência a decisão do vencedor.

"Quem faz um bom ‘mind game' pode levar vantagem, porque torna a luta mais pessoal. Isso faz com que o seu oponente comece a cometer erros, porque já vai abordar a luta de uma maneira diferente. Já não vai abordar a luta de uma maneira fria. No MMA, a vitória é 80% psicológica e 20% física", explicou.

Apesar de Patrício Freire ter "clara experiência" e ser um competidor "bastante guerreiro", dada a "capacidade de surpreender" mesmo quando está a ser dominado, Pedro Carvalho considerou ser mais forte "no ‘striking' e no jogo no chão" e ter mais hipóteses de vencer à medida que o combate se alonga.

"Eu luto muito melhor em combates longos do que em combates mais curtos”, disse, referindo que a sua condição física pode ser uma vantagem.

Caso vença o combate, o vimaranense vai defrontar, nas meias-finais, o vencedor da luta entre o norte-americano Emmanuel Sánchez e o alemão Daniel Weichel, também agendada para 13 de março, no mesmo local, e já assumiu que, além de conquistar o título, deseja também vencer o torneio.

Pedro Carvalho soma 11 triunfos em 14 combates numa carreira iniciada em setembro de 2012, numa luta com o brasileiro Edi Vicente, em Viseu, que ganhou por ‘submissão'.

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