O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Vítor Félix, considerou hoje que a sua modalidade devia ser "mais apoiada", sendo até uma "aposta estratégica" do país em termos do "sucesso desportivo".
“Tem que haver um reconhecimento por parte da administração pública desportiva no que diz respeito ao financiamento no alto rendimento, porque estamos aqui com nove atletas mais dois [da paracanoagem] num campeonato do Mundo e era desejável que estivessem muitos mais”, disse o dirigente, à Lusa.
Vítor Félix falava depois da canoagem ter conseguido o seu melhor desempenho de sempre em Mundiais, com cinco medalhas — uma de ouro, em distância olímpica, três de prata e uma de bronze -, defendendo que um reforço da aposta na “eficácia comprovada do trabalho da FPC” resultaria em ainda melhores resultados internacionais.
“Estamos muito preocupados com a renovação dos grandes valores da canoagem portuguesa e isso só se faz com mais financiamento, para trazermos jovens canoístas a estas competições para ganharem ritmo competitivo. Infelizmente, nem sempre o financiamento é o suficiente para trazermos mais atletas”, lamentou
Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e Teresa Portela são atletas da melhor geração da canoagem lusa, todos já na casa dos 30 anos.
O nono lugar de Portugal no medalheiro foi destacado pelo facto de ter sido conseguido por “cerca de um terço” dos canoístas que outras nações, com desempenho semelhante, trouxeram a Copenhaga.
“A canoagem devia ser uma aposta estratégica do desenvolvimento desportivo do país. Devia haver um maior entrosamento entre o alto rendimento do IPDJ [Instituto Português do Desporto e da Juventude] e do COP [Comité Olímpico de Portugal] para podermos trazer mais atletas e assim podermos ir fazendo a renovação da canoagem de forma mais tranquila”, completou.
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