Sameiro Araújo, treinadora de Mariana Machado, uma das representantes lusas em Eugene2022, lamentou hoje a viagem de regresso de mais de 30 horas, “muito longa”, quando a atleta está lesionada e tem de preparar o Campeonato da Europa.

Depois de uma participação em que chegou às meias-finais dos 5.000 metros, tendo batido a sua melhor marca por sete segundos – passou a ser de 15.18,09 minutos -, a atleta de 21 anos, residente em Braga, escreveu, na quarta-feira, que estava “feliz” por regressar a casa após “uma viagem que durou ‘apenas’ 37 horas”, com a treinadora a lamentar a viagem de comboio que a pupila, “lesionada”, teve de fazer até à cidade minhota, após ter desembarcado do voo proveniente de solo norte-americano no aeroporto de Lisboa.

“Assim é tratada a alta competição em Portugal. Após uma viagem muito longa - mais de 30 horas de viagem -, uma atleta que vem lesionada de um campeonato do mundo chega a Lisboa e é obrigada a viajar mais quatro a cinco horas até Braga, de comboio, porque o preço de uma viagem de avião Lisboa-Porto não ‘justifica o custo-benefício’”, escreveu na quarta-feira, na rede social Facebook.

A treinadora criticou ainda o facto de Mariana Machado ser “integrada no último grupo a regressar” dos Estados Unidos, após ter “adoecido” e pedido “para regressar logo após a competição”, concluída em 21 de julho, para “melhor preparar o seu objetivo máximo da época, o Campeonato da Europa”, que decorre entre 15 e 21 de agosto, em Munique, Alemanha.

Com 21 anos, a atleta do Sporting de Braga foi a mais jovem entre o contingente luso de 23 elementos que marcou presença em Eugene, tendo ainda batido o recorde nacional de sub-23, que perdurava há 20 anos, após o tempo de 15.21,05 minutos fixado por Inês Monteiro.